O Brasil não está mais no radar – Brazil Journal

Bom dia.

A Powergirl me exigiu que se postasse um resumo da entrevista com o advogado chefe de um dos escritórios mais pícaras galácticas do país em matéria de negócio internacional. Olha, a sério, o que o cara fala e o que a gente já sabe aqui no blogue dão literalmente na mesma constatação: Não vai. E nem somos assim tão bem pagos para chegarmos às mesmas conclusões.

Pois vejamos: pela semana enfiaram uma guerra civil sobre o aborto, basicamente para esconder o horrível desempenho institucional do país e as lambanças selvagens que a mente obsoleta do Grande Líder anda perpetrando. Mais, passa uma fumaça na guerra pelo poder nos escalões inferiores e na indefectível greve onde os FPs do MPF (Ministério do Paulo Freire) puxaram a faca pro gobierno exigindo más plata, más regalos.

País não está andando bem porque olha, infelizmente a inflação começou a arranhar a economia e mercado já viu que não vai rolar cachoeira de grana… o que era uma expectativa enorme da moçada. Não tem grana de PAC, não tem grana de projetos mirabolantes, não tem pressal 2.0. E o foco do gobierno é taxar a brusinha e socar aumentos de impostos. O Andrade disse, não tem plano B.

Então, vamos aos pedacinhos do texto, é legal. Estamos lascados.

Bom dia!

*****

(…)

O Brasil tem um potencial enorme, mas continua só no potencial. Nos últimos anos, o País está diminuindo sua posição estratégica. Porque é difícil acompanhar o que acontece no Brasil. O que o investidor quer é previsibilidade, estabilidade e segurança. O que o Brasil oferece é o oposto! É zero segurança jurídica, com mudanças nas regras o tempo todo! 

A verdade é que muita gente que acreditou naquelas ondas de ‘agora o Brasil vai’ acabou se queimando. Quando você olha o histórico do Brasil, o que acontece? Quando começa a sinalizar que vai dar certo, as empresas acreditam e tomam dívida para aumentar seu negócio – e aí o Brasil dá aquele voo de galinha. A taxa de juros vai lá para cima, e a estrutura de capital das empresas entra em colapso.

Por que não vamos na cartilha daquilo que sabemos que dá certo? Daquilo que deu certo em todos os outros lugares do mundo? É tijolinho em cima de tijolinho. É conseguir trabalhar nos consensos. Tem um monte de consensos, mas não conseguimos implementar nem os consensos!

E lá fora só se discute isso (A inteligência artificial). Ano passado a discussão era essa, e esse ano a discussão continua sendo essa. Já no Brasil a gente fica discutindo Bolsonaro e Lula, resultado fiscal, tributação de blusinha… Eu olho para isso e há uma sensação de fracasso de País. A gente não consegue dar seriedade para as discussões que precisam ser feitas.

Temos gente que é muito capaz. Grandes líderes políticos e empresariais. Mas a gente não consegue ter um espírito associativo, de ‘vamos deixar as diferenças de lado e olhar os consensos.’

A visão é sempre do atalho, de como vou dar a grande tacada, mesmo que não seja correta. O cara que faz a coisa direitinho é o bobo. O cara que tem a visão de que vamos fazer as coisas que já se provaram acertadas e se afastar das que já se provaram erradas, este também é visto como bobo. Como criamos um projeto de País com essa mentalidade?

(…)

https://braziljournal.com/o-brasil-nao-esta-mais-no-radar-diz-o-chefe-do-pinheiro-neto/