A Aposta da Semana

Bom dia!

Bom, esta semana andou agitada. Feriadão e o Papa finalmente indo descansar onde Deus escolheu, e todo o rebuliço enorme sobre essa situação totalmente esperada, mas que deixou o povo assim, meio cismado.

Ora essa, a morte do Papa nem foi algo impactante pois nos últimos meses isso era iminente. Aquela súbita melhora da semana santa foi um indicativo de que a vida do Papa Argentino não iria muito longe. Melhora discreta em paciente crítico? já sabem… Mas de verdade, povo mesmo não ficou tão duramente impactado. Meio que passou normalmente.

Lembro da morte do Papa João Paulo II. Ali foi um negócio bastante sentido. Pois era um Papa aguerrido o JPII, corajoso, que nunca fez mesuras e que realmente fez a opção pelos pobres, por combater os males do mundo batendo de frente com muita gente cretina e defendendo bons ideais. Sua passagem foi dolorosa, como se tivessemos perdido um parente, quase.

Não vou ficar elencando os motivos pelo qual nunca topei o Papa argentino. Mas basicamente ele agia politicamente e ideologicamente enquanto encabeçava a Igreja. Não seriam só aqueles salamaleques com ditadores perversos e corruptos conhecidos, isso faz parte da operosidade das relações políticas da Igreja. Mas ao validar o discurso de ditadores, infelizmente o Papa colocava a Igreja ao lado deles – e isso nunca é bom.

Agir politicamente é um fato para o Papa, claro. Mas agir com lado determinado, com interesses locais, com ideologias – anticristãs, inclusive – determinando suas ações complica bastante a percepção – pelo menos a minha – sobre a idoneidade dessa gestão papal. E isso realmente aproximou pessoas da Igreja, mas afastou outros tantos dela. E falo a nível internacional, por aqui a coisa é bastante mais profunda, pois a CNBB norteia ideologicamente a Igreja a décadas impunemente.

Ontem vendo um jornal na TV vi uma sequência de imagens dos amigos brasileiros que foram recebidos pelo Papa argentino. Chico, Caetano, A anta, o Andrade, os artistas da Globo da moda, e por aí vai. Gente que só vai em igreja pra botar oferenda ou batizar neto pra depois virar umbandista baiano. Obviamente vou avaliar a posição ideológica do Papa a partir do tipo de pares que ele acompanha. E muita gente hoje faz o mesmo.

Papa é o representante maior, o líder. Líderes não deveriam sectarizar suas opiniões ou antes, deveriam as explicitar e deixar claro seu posicionamento. O novo Papa, aparentemente o Parolin, pois está na dianteira dos rankings de bétes, certamente será tão político e ideológico quanto o Papa Francisco. É a postura interna atual da Igreja Católica, e dificilmente um novo Papa traria outras possibilidades de reação ao atual status.

Creio que as loucuras ambientais, o ranço para com os EUA, a cegueira voluntária para os horrores do islamismo europeu e para as chacinas recorrentes na África central, ou a doçura incontida para com os parasitas ditadores latinos e a vontade absurda de enfiarem poíticas DEI na Missa permaneçam intocadas. Com o agravante de que hoje temos menos expectativas do que a uns dez anos atrás, de tão imprevisível que está o mundo atualmente.

Mais: A Igreja Católica experimenta hoje por todo mundo movimentos de reação conservadora, de restauração. Isso será certamente combatido, principalmente aqui, onde estes movimentos estão “sincretizando” com a Direita política. E veremos, creio, muita coisa malfeita que fará mais gente boa largar a Fé e buscar paz no protestantismo, ou nos agnosticismos da moda, nas igrejas de bichos e loucuras de subir monte.

Teremos muita emoção pelas próximas semanas…

Bom dia!