Mas é o Não-Carnaval?

Bom dia!

Todo mundo está curtindo esse nosso “não-carnaval”? Pois é, o esquema é esse. Creio que estejamos no começo da fase da ponderação de custos por parte do pessoal que quer trancar todo mundo. Pois agora, com um ano de peste chinesa, as promessas de retorno a normalidade e “novo normal” estão sendo solenemente ignoradas e até atacadas por eles mesmos, agentes da mídia, políticos canalhas, “cientistas”.

Não pode pular carnaval, vai matar todo mundo. Mas e o motoboy? Ah, esquece, esse assunto não cola. Empatia, você não tem empatia quando usa o trem lotado como exemplo, não é a mesma coisa que uma escola cheia de crianças. Mesmo que eu não entenda a relação entre ser empático, vá definir isso sei lá como, e achar tosco ignorar o sofrimento dos mais pobres apenas para manter o discurso trancacionista.

Mas teremos feriado na terça. Nem sei porque, pois pelo que entendo o Carnaval não é feriado. Ele se torna feriado por decreto. Mas este ano não rolou, não vai ter o bendito. E o feriado lá, na terça, inútil, abandonado. Igual Rei Momo no grupo de risco da pandemia, sem nenhuma função social definida. Periga o bolos invadir ele e ocupar, só pra não perder o costume. Povão, claro, terá um feriado na terça sem poder ir à praia, sair pra rua, tomar suas cachaças, pegar as mulheres de fenótipo duvidoso, brigar e tentar ser morto por bate-bolas, etc… Um desperdício.

Então lascou tudo, não é? O povão passou o ano todo sendo aporrinhado pela mídia, pelos governos canalhas, pelos doidos que ficam por aí arrotando virtude e berrando que todo mundo VAI MORRER feito o personagem do desenho, apenas para justificar o seu Fique Em Casa ® remunerado. Este mesmo povão agora descobriu que não, não pode dar aquela extravasada anual, não tem como. Vai ser proibido, vai ter aspone estatal te esculachando na estrada que dá na praia, vai ter aspone te mandando ir pra casa e te ameaçando de multar e prender. Vai ter aspone SIM indo na porta da tua casa ver se tu está fazendo festa. Ah, mas o povão quis isso.

Quando veio o Reveillon, esse povão não saiu de casa, não foi pra rua, não quis fazer sua queixa contra o Estado. Pessoal ficou em casa. O Estado entendeu corretamente que era só mandar, e o povo faz. Logo, a tônica vai ser essa. Cada um faz suas escolhas, e a maioria da população escolheu ficar em casa, então vai ficar em casa enquanto o Rei Sem Orelhas mandar. As coisas na vida social acontecem assim, lentamente e cumulativamente. Povo foi aceitando, e aceitando… agora apenas obedece. Gado. Isso sim é gado, que simplesmente não percebe que está perdendo sua liberdade e não consegue reagir contra isso.

Eu pessoalmente detesto carnaval, friso. Nunca gostei da festa, da desordem, do caos. Mas eu não gosto e faço o que sempre fiz, saio de perto e cuido da minha vida. Entendo que a maioria goste e deseje chafurdar naquele mar de cerveja ruim e gente feia, suada e cheia de confete tóxico. Aí é o lance. Suprimiram um evento popular e acabou. Farão isso com mais coisas, mais eventos, mais itens culturais… acreditem. Agora é a fase de arrumação. Estamos arrumando a casa para a Nova Era. Até já apareceu um bando de cretinos querendo que a gente comemore ano novo chinês, como se eu me importasse com aquelas bostas.

Lentamente a coisa vai se desenhando de um jeito muito ruim. Mas é aquilo, não tem pra onde correr, literalmente. Nem o aeroporto é mais solução, não temos mais lugar na terra que esteja imune à estupidez humana. Negócio é se organizar por aqui mesmo, e se preparar para os próximos capítulos…