A Máfia dos Desejos togados – CVR

Bom dia! Eu separei um CVR desta semana, que achei pertinente pra caramba diante da discussão toda sobre a riqueza repentina do ex-moro. O lance é um ponto muito sério a analisar sobre nossos debates todos aqui e na vida real, etc. Por mais que a gente estaja brigando muito por mudanças, e antes, por nossa própria preservação diante da desordem instalada por aqui, temos um obstáculo terrível que é essa macega, essa barricada que é o judiciário bananense.

O pessoal é Rey e Segnor de todos e tudos aqui, nesse lugar o carteiro de justiça mais bosta tem mais poder do que um policial, um dono de firma. Qualquer ascensorista de prédio de TJ ganha mais do que um gerente de empresa. Bizarrias imensas custando o orçamento de países pequenos.

E essa luxuosidade toda serve apenas para criar um status imperial, coisa entiga de tempos fidalgos, uma espécie de monarquia documental. O cara vir ajuiz e entra par ao seleto mundo da Nomenklatura, os ungidos que receberão vantagens e benefícios – pagos por nós todos, sob pena de punição imediata e vigorosa. Bananense gosta disso, dessa expressão material de poder real, centralizado, ilegível e ameaçador. E o judiciário, este corpus imenso e caríssimo, também gosta. Este é o problema.

Bom dia!

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bomberman 27 de janeiro de 2022 at 09:02

CVR. Coisa louca do TJSP: Tava fazendo turismo e resolvi visitar o prédio bonito que fica na Sé e tem a Segunda Instância. Falaram que não poderia entrar, apenas advogados, estagiários e cia… Mostrei carteira da OAB e não encherem mais o saco. Acabei assistindo uma audiência da Câmara Cível e achei bem mais sério que o TJRJ, mas ao mesmo tempo achei muito, mas, muito escroto esse afastamento do povão.

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Júlio 27 de janeiro de 2022 at 09:11

Quando eu era criança, meu pai tinha um apartamento de quarto e sala. Seu inquilino era um juiz de entrância final, lá na casa dos seus 50 anos. Um vizinho era promotor antigo, morava numa casa mais simples que a nossa e o carro dele inferior ao carro de meu pai. Não éramos ricos.

Hoje, no estacionamento de qualquer TJ, o que mais se vê são carros importados. Juiz e promotor mora em casa própria de milhões. Aumentou-se muito o gasto com o judiciário, ao tempo em que a contraprestação diminuiu. Eles têm 3 meses de recesso e de vez em quando saem para fazer cursos a fim de aumentar rendimentos.

É uma máquina de desejos que se alimenta dela mesma, vai crescendo no tamanho, mordomias e poder.

Quando meu pai faleceu, tivemos que pagar uma “taxinha” de 15 mil reais para o “Fundo de Reaparelhamento do Judiciário”. Pagamos essa taxa quando somos obrigados a autenticar um documento ou reconhecer assinatura (cada assinatura e documento, uma taxa). Isso num cartório que é doado para cupinchas, onde somos mal atendidos.

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Johnnyboy 27 de janeiro de 2022 at 09:34

O judiciário é o câncer do país. Caro e ruim…  sobre o judiciário… pontuar rápido aqui. É hipertrofiado, absolutamente TUDO é levado ao judiciário. A maior culpa [desta situação] é do próprio… que se arvora em querer resolver tudo, mas uma boa parte é desse estado de coisas que empurra tudo pra justiça.

Por exemplo, 98% das ações judiciais de companhias aéreas estão no BR. Ora, já foi dito aqui… em países sérios os caras resolvem no guichê da empresa, vão lá e pagam na hora tua hospedagem, overbooking etc… aqui cagam, e contam que poucos vão à justiça… que demora… e depois pagam uma merreca (já computada nos custos – contingência e tudo mais).

Já há alguns canais pra resolver questões com algum sucesso… BACEN, ANATEL… mais ainda pode melhorar muito… e isso devia se estender pra outros setores, sendo muito mais rápido e efetivo que “entrar na justiça”… e claro, o povão ser instruído sobre isso – o que não acontece hoje.

Outro ponto é a banalização da gratuidade de justiça. O que incentiva demais que se busque ganhar uma graninha por qualquer coisa… e o judiciário acaba fazendo uma “justiça social” pra conseguir botar a cabeça no travesseiro à noite, e dá 2 ou 3 mil por qualquer coisa… depois de uns anos de processo.

Mas eles (magistrados) no fundo não querem isso… isso é a desculpa com que justificam seus privilégios! veja o STF… sempre reclamando da carga de trabalho… mas ao mesmo tempo isso é Poder… pois pode dar sempre a última palavra em tudo, com o que exerce pressão em uma infinidade de setores, governo, políticos, empresas, bancos, investidores etc etc etc… todos reféns do que o STF vai “entender”, “permitir”, “proibir” (dizendo se é ou não inconstitucional”.

A Suprema Corte da nação mais poderosa do planeta, que serviu de modelo pro STF não age assim, é bem mais discreta e restrita a questões de relevância verdadeiramente constitucionais. Mas isso o STF não quer, como os tribunais não querem largar o osso…