Boteco Muquirana aberto!
Como funciona: o Boteco é um espaço de discussão mais liberada. Postem links para suas músicas no Youtube, discutam a vontade política, economia, games, futebol, criação de pererecas albinas e o que mais quiserem. Só não esqueçam de deixar um aviso para conteúdos mais pesados ou NSFW.
Destaques da semana:
Salute
Um FirstO no butecao merece um meme supimpa!!!
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Pra quem adora tomar umas como eu, esse premio ta OtEmo!!! Yeahhh
Ahhh, ja de saida… pra tomar todas, vou deixar uma cancioneta pra todos que se esgoelam e se estapeiam em publico…
Pra depois se amar no escurinho digital. Kkk
Se liguem na letra!!!
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Laura ohhh Laura…
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Fuinte
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Boa noite
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“O STF está desesperado”
Por gordão Ucrânia
Não é gameplay do Witcher 4, eles usam a engine gráfica para demonstrar. Quando sair o jogo mesmo, vai ser menos do que isso aí.
sempre é assim, desde que o mundo é mundo kkkkkk
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E aí, vai?
https://youtu.be/SoUUun62nD4?si=n2kFPPyg6l5MvnHz
Cade todo mundo
Caraca
Bom dia!
Em homenagem aos 7 anos do muquiranas.
Parabéns!!!
também não deu
…
Bom dia!
Vou acertar aqui, um momento.
Vou arriscar escrever sobre tecnologia, apesar de ser péssimo nesse tema. Para isso utilizarei um artigo que trouxe abordagem interessante sobre Inteligência Artificial e farei comparações com conceitos de um livro de Lógica escrito no final do século XIX.
PARTE I
Apesar de a tecnologia moderna não ser algo que não me atraia, é inegável a sua utilidade, em especial a Inteligência Artificial sobre o que me atrevei a escrever.
Para tanto utilizarei informações de um Artigo escrito pelo Dr. Jason Snyder, colunista da Revista Forbes, Professor associado do Departamento de Psicologia e membro do Centro de Saúde Cerebral da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC).
É claro que meu texto será sob perspectiva diferente, pois sou antigo, muito antigo. Não me considero alguém nem do século passado, mas do milênio passado preso no século XXI. Me identifico mais com as ideias por exemplo de São Bernardo, de Santo Tomás e de Santo Inácio de Loyola do que com a perda de tempo das discussões das últimas décadas ou mesmo dos últimos dois séculos.
Então utilizarei conceitos e explicações do Bispo Thiago Sinibaldi no seu fatástico “Elementos de Filosofia” – publicado em 4 volumes pelo Centro Dom Bosco.
Essa obra de Sinibaldi é monumental, a considero juntamente com a primeira missa e os feitos dos jesuítas algumas das maiores dádivas que a divina providência forneceu ao nosso país.
Ele explica temas filosóficos na visão tomista (Santo Tomás de Aquino). O livro foi escrito por determinação do Papa Leão XIII, inicialmente em latim, finalizado em Língua Portuguesa em 1893.
O sucessor do Papa Leão XIII, o Papa Bento XV, parabenizou o autor em 1917:
“..desde a sua primeira edição, mereceu, como sabemos, os elogios dos homens doutos e sábios. A esses elogios deu grande realce a carta, que o nosso ilustre Predecessor Leão XIII, de feliz memória, enviou ao Bispo de Coimbra em aprovação da tua obra. Na verdade, devia ser muito agradável aquele Pontífice, cuja preocupação constante foi repor S.to Tomás de Aquino no lugar de honra, que lhe competia nas escolas católicas, o ver como se tivesse verificado o ótimo conceito, que de ti fizera, quando, conhecendo-te otimamente versado na sapiência do Angélico Doutor, determinou enviar-te a exercer o Magistério de Filosofia no Seminário de Coimbra. Sabemos, na verdade, que estes dois volumes são muito apreciados pelos competentes pela abundância e pureza de doutrina, haurida ou derivada das fontes de S.to Tomás, pela solidez da argumentação em clareza da verdade contra os multíplices erros, e pela ordem da matéria, aliada a clareza da exposicão… E quanto isto te tenha custado, pode bem avaliar-se, considerando que, sendo para ti completamente desconhecida a língua portuguesa, só a força de trabalho chegaste a possuí-la de modo a poder amoldá-la a todas as subtilezas da Filosofia. E não contente de ilustrar e defender os princípios tomísticos com os argumentos usados na escola, demonstras também que não há contradição entre eles e as conclusões certas das ciências naturais. Fizeste, pois, uma obra, que é no seu gênero absolutamente perfeita, e sobretudo adaptada aos seminaristas, que se preparam para estudo da Sagrada Teologia. Com efeito, sempre que se refere às coisas divinas, respira tanta piedade e fervor, que não é para admirar que, segundo ouvimos, os estudantes desta ciência, que do teu livro se servem, aprendam a amar ardentemente a N. S. Jesus Cristo, e que ele tenha sido muito útil para bem das almas em Portugal e no Brasil.”
Depois dessa longa introdução vamos propriamente ao tema.
Algo que me intrigou foi tentar descobrir até onde a Inteligência Artifical conseguiria chegar. Qual seria o seu nível de criatividade e se teria capacidade de imaginação.
Encontrei então o texto do Dr. Jason Snyder escrito para Revista Forbes com abordagem muito interessante: “A IA Pode Tornar-se uma Armadilha e Levar a Imaginação Humana Ao Colapso” –
https://forbes.com.br/forbes-tech/2025/04/ia-pode-tornar-se-uma-armadilha-e-levar-a-imaginacao-humana-ao-colapso/
Aquilo que eu suspeitava sobre a “Inteligência Artificial” foi confirmado no artigo. Muito mais do que expandir o que nós sabemos, a IA serve como um compilado do que já foi produzido.
É uma excelente ferramenta para organizar e acessar informações, além de produzir documentos à partir das informações já compiladas. Isso nos auxilia bastante, sem dúvida. Mas é baseado naquilo que já foi produzido, mas… e para o futuro, daqui para frente? Segundo, Snyder:
“Não estamos correndo em direção a um futuro de inteligência artificial — estamos desaparecendo em um salão de espelhos. As máquinas que muitos de nós acreditávamos que expandiriam a realidade estão apagando-a. O que chamamos de progresso é apenas um reflexo mais suave de nós mesmos, despojados de nossas arestas, originalidade e imaginação, levantando questões urgentes para o futuro da ética da IA.
A IA não inova; ela imita. Ela não cria; ela converge.”
Mas não seria a IA justamente o futuro? O uso da analogia com “espelhos” na explicação é realmente muito boa, pois vemos reflexos com algumas “correções”, que na verdade apagam alguns “erros”, mas estes fazem parte da nossa essência (os erros/errar é humano cf. Platão e Santo Agostinho). Seguem mais aguns trechos do Artigo:
Hoje, não temos inteligência artificial; temos inferência artificial, onde máquinas remixam dados e humanos fornecem a inteligência. E, à medida que continuamos polindo os espelhos, não estamos apenas perdendo a originalidade — estamos perdendo a propriedade de quem somos.
As máquinas não precisarão nos substituir. Nós nos renderemos ao seu reflexo, confundindo sua perfeição com o nosso propósito. Não estamos projetando inteligência — estamos projetando reflexos. E nesses reflexos, estamos nos perdendo. Achamos que estamos construindo máquinas para nos expandir.
Mas, com mais frequência, estamos construindo máquinas que nos imitam — versões mais suaves, seguras e simples de nós mesmos.
Estamos produzindo espelhos em massa e chamando isso de inovação. Espelhos que não apenas refletem a realidade, mas a remodelam. Espelhos que aprendem a bajular, a prever, a apagar as partes da humanidade que não se encaixam perfeitamente em um modelo probabilístico. Isto não é uma revolução criativa. É uma crise de imaginação.
Retirando algumas ideias do texto, temos que: “Hoje, não temos inteligência artificial; temos inferência artificial, onde máquinas remixam dados e humanos fornecem a inteligência.”
E, ainda que: “Isto não é uma revolução criativa. É uma crise de imaginação.”
Então fiz algumas perguntas ao Chatgpt. As respostas confirmaram as ideias trazidas no artigo do Dr. Snyder:
I –
‣ A inteligência artificial é criativa?
ChatGPT disse:
Oi! Que pergunta interessante! A inteligência artificial pode ser considerada criativa até certo ponto. Ela consegue gerar novas ideias, criar textos, músicas, imagens e até ajudar a resolver problemas de maneiras inovadoras. que: No entanto, essa criatividade é baseada em padrões e dados que ela aprendeu, então ela não tem a mesma intuição ou emoções que um ser humano.Ainda assim, ela é uma ferramenta incrível para estimular a criatividade e ajudar em várias tarefas!
II –
‣ A inteligência artificial é capaz de invenção?
ChatGPT disse:
Oi! A inteligência artificial é capaz de criar e inovar de várias maneiras, como gerar novas ideias, desenvolver soluções e até criar obras de arte ou textos originais.
Embora ela não tenha a criatividade e a intuição humanas, ela consegue combinar informações e padrões de uma forma que muitas vezes parece uma verdadeira invenção. Então, sim, a IA é capaz de invenção, especialmente quando usada como uma ferramenta para ajudar a inovar e criar coisas novas!”
III –
‣ A inteligência artificial tem imaginação?
ChatGPT disse:
A inteligência artificial não tem imaginação da mesma forma que os seres humanos, porque não possui consciência, emoções ou experiências subjetivas. A “imaginação” humana está ligada a processos mentais complexos, como a criatividade, que surgem da interação de várias áreas do cérebro, experiências pessoais e percepção sensorial.
No entanto, as IAs podem gerar algo que pode ser visto como “criativo” ou “imaginativo” com base em dados, padrões e exemplos que foram alimentados nelas. Por exemplo, eu posso gerar uma imagem ou uma história a partir de uma ideia que você me der, mas tudo isso é um resultado da análise de dados e não de uma “inspiração” interna ou sensação de criar algo novocomo um ser humano faria.
Se você me der uma ideia ou um conceito, posso “imaginar” no sentido de combinar informações e criar algo novo a partir disso. Esse processo pode parecer criativo, mas é uma manipulação de padrões e associações já existentes, não uma criação espontânea e subjetiva.”
Com isso fui buscar explicacões do que seria ideia, inteligência, consciência, imaginação/invenção no ser humano. E ninguém melhor que Santo Tomás para explicar aquilo que é realmente importante. Para facilitar o entendimento temos o livro do Sinibaldi de onde retirei as respostas.
Segundo Sinibaldi uma parte específica da Filosofia ensina as regeas que a nossa inteligência deve seguir para alcançar, provar e defender a verdade: “4. Disposição das partes da Filosofia.
A Lógica deve pre-por-se às outras partes da Filosofia; pois ensina as regras, que a nossa inteligência deve seguir, em toda e qualquer ciência, para alcançar, provar e defender a verdade.”
Assim, busquei respostas no livro de Lógica de Sinibaldi e as respostas estão na segunda parte.
Agora sim.
Vamos ver se acerto com a parte II.
Se quiser aproveitar como tópicos, pode tirar os dois daqui pro pessoal não ler antes.
PARTE II
Conforme o artigo do Dr. Jason Snyder, vimos que: i) quem fornece a inteligência são os humanos e as máquinas apenas compilam os dados fornecidos; ii) que isso longe de ser uma revolução criativa, está causando uma crise de imaginação.
E, ainda, conforme respostas dadas pelo Chatgpt: i) a criatividade da IA “é baseada em padrões e dados que ela aprendeu, pois ela não tem a mesma intuição ou emoções que um ser humano”; ii) “Embora ela não tenha a criatividade e a intuição humanas, ela consegue combinar informações e padrões de uma forma que muitas vezes parece uma verdadeira invenção; iii)”A inteligência artificial não tem imaginação da mesma forma que os seres humanos, porque não possui consciência, emoções ou experiências subjetivas. A “imaginação” humana está ligada a processos mentais complexos, como a criatividade,(…)” , aquilo que ela poderia fazer seria “Se você me der uma ideia ou um conceito, posso “imaginar” no sentido de combinar informações e criar algo novo a partir disso. Esse processo pode parecer criativo, mas é uma manipulação de padrões e associações já existentes, não uma criação espontânea e subjetiva.
No estudo de Lógica (livro I dos Elementos de Filosofia do Pe. Sinibaldi). Após conceituar a Filosofia, a propria Lógica e sua divisão em formal e material. Para iniciar a explicação, nos traz o conceito de -ideia-.
Relembrando a resposta do Chatgpt: “Se você me der uma ideia ou um conceito, posso “imaginar” no sentido de combinar informações e criar algo novo a partir disso.”.
Seguem alguns trechos do Livro de Lógica dos Elementos de Filosofia de Sinibaldi:
“- Filosofia, que no sentido etimológico significa amor à sabedoria, pode definir-se: a ciência que trata das causas supremas dos entes, descobertas pela luz natural da razão.”.
“Divisão da Filosofia. – A Filosofia divide-se em três partes, que são a Lógica, a Metafisica e a Moral. Na verdade, as causas supremas dos entes, que esta ciência investiga, podem referir-se – ou aos entes objetivos, ou reais, que não dependem de nós no seu ser, – ou aos entes subjetivos, que dependem de nós no seu ser, enquanto derivam da nossa inteligência, e são os entes lógicos, ou derivam da nossa vontade, e são os entes morais. Dos entes objetivos, considerados nas suas causas supremas, ocupa-se a Metafísica; dos entes lógicos, a Lógica; dos entes morais, a Moral.”
“- Lógica é a ciência, que dirige, por meio de regras, as operações de nossa razão, para que ordenadas e facilmente alcancemos verdade. O objeto, pois, da Lógica é constituído pelas nossas opera ções intelectuais, enquanto devem ser dispostas e ordenadas para a consecução da verdade. ”
“DIVISÃO DA LÓGICA.- A Lógica divide-se em formal e material. – A formal ocupa-se da ordem com que devem dispor-se as operações intelectuais, e das regras, que se dirigem. – A material trata da verdade, – dos meios, que empregamos para a aquisição da verdade (faculdades), -do caminho, que percorremos (método), – do resultado, que alcançamos (ciência).”
DIVISÃO DA LÓGICA FORMAL. – A Lógica formal divide-se em três capítulos; no 1o, trata-se da idéia e do termo, – no 2o, do juízo e da proposição; – no 3°, do raciocnio e da argumentação.”
O próprio chatgpt disse que é necessário primeiro fornecermos uma -ideia- ou conceito para que ele iniciasse a combinação de informações para criar algo à partir disso, confirmando o artigo do Dr. Snyder, de que “quem fornece a inteligência são os humanos e as máquinas apenas compilam os dados.”.
Segundo Sinibaldi:
“- Idéia é a simples representação intelectual de uma coisa. – O objetivo da idéia é a essência ou natureza das coisas. Por isso, a idéia é universal e necessária, como é a essência. – Na idéia consideram-se a compreensão e a extensão, que estão entre si na razão inversa. – A compreensão conhece-se pela definição; a extensão, pela divisão.”
Assim, tanto para o uso da ferramenta IA, como em uma produção Lógica o início se dá com a ideia humana.
Já a união ou separação de duas ideias, e por isso, de dois objetos, por meio de afirmação ou negação é um Juízo, conforme Sinibaldi: “Juízo é a união ou a separação de duas idéias, e por isso, de dois objetos, por meio da afirmação ou da negação; como, “o homem é livre” – “o homem não é escravo – O juízo, pois, é posterior à idéia.” – “O juízo é necessariamente um ato da inteligência; porque só essa faculdade pode conhecer a relação (que é uma coisa abstrata) entre dois objetos e por isso, entre duas idéias.”.
Uma ideia é a representação intelectual de uma coisa, ainda, para se fazer um Juízo, que é união ou separação de duas ideias, sendo necessária a inteligência.
Completando a breve explicação da Lógica formal, segue explicação do que é o racíocinio, segundo Sinibaldi: “Raciocínio é a união, ou a separação de duas idéias pelo fato de ambos convirem, ou uma convir e outra não, com uma terceira ideïa, com a qual foram comparadas. – Os seus elementos são dois: a matéria e a forma. A matéria é constituída pelas três ideias (matéria remota) e pelos trės juizos (matéria próxima). A forma é a disposicão das idéias e dos juízos.”.
Continuemos agora com a segunda parte da Lógica, a lógica material:
“- A Lógica material chama-se assim, porque a verdade é a matéria, ou o conteúdo dos pensamentos. Diz-se também – crítica, porque trata dos critérios, isto é, dos meios úteis para alcançar, com certeza, a verdade, – objetiva, porque se ocupa da verdade, que é o objeto, ou a matéria do pensamento, – maior, porque estuda a materia do pensamento, que é a verdade e que é superior à sua forma, e porque trata das questões mais dificeis e elevadas. Esta divisão da Lógica em formal e material funda-se na teoria acerca da ma- teria e da forma, que Aristóteles e os escolásticos expuseram em conformidade com o senso comum dos homens.”.
“DIVISÃO DA LÓGICA MATERIAL. — A Lógica material divide-se em três capítulos: no 1o, trata da verdade, – no 2o, dos meios para a aquisição da verdade, no 3°, do método.”.
“a) VERDADE. — Verdade é a conformidade entre a inteligência e o objeto. -É tríplice: lógica, metafsica e moral. Aqui tratamos da lógica, que é o conhecimento, enquanto é conforme com o objeto.
Veritas est adaequatio intellectus et rei: eis a definição clássica da verdade, dada pelos escolásticos, ou, melhor, pelo senso comum. Na opinião dos homens, uma pessoa possui a verdade, quando conhece um objeto como é em si mesmo, quando o seu pensamento corresponde à realidade, quando há conformidade entre o que a inteligéncia afirma do objeto e o que o objeto é em si mesmo. Diz Santo Tomás: “Per conformitatem intellectus et rei veritas definitur” (Sum. Th., p. 1., q. 16, a. 2). Dessa definição resulta, que, para a constituição da verdade, concorrem, – como matéria remota, dois termos, real ou logicamente distintos, que são a inteligência e o objeto, – como matéria próxima, a espécie ou imagem intelectual, representativa da essência ou dalgum atributo do objeto, e a própria entidade do objeto, percebida também pela inteligência mas de um modo confuso e indeterminado, como forma, a união intencional daquela imagem com a mesma entidade.”.
“B) MEIOS PARA A AQUISIÇÃO DA VERDADE. – Estes meios são: a inteligência, a razão, a consciência, a memória intelectual, os sentidos internos e externos, e o testemunho. – Todos são intrínsecos, à exceção do último. – Propriamente é a inteligência que percebe a verdade.”.
Conforme resposta dada pelo Chatgpt, ele não faz criação “espontânea”, nem “subjetiva”, reproduzimos novamente a resposta: “Se você me der uma ideia ou um conceito, posso “imaginar” no sentido de combinar informações e criar algo novo a partir disso. Esse processo pode parecer criativo, mas é uma manipulação de padrões e associações já existentes, não uma criação espontânea e subjetiva.
Na seguinte explicação de Santo Tomás, citada no livro de Sinibaldi, podemos observar como o auxílio que a IA (compilar e organizar dados) pode nos dar para alcançar a própria sabedoria!
“Diz Santo Tomás: “O ofício do homem sábio é ordenar (isto é, dispor as coisas
”ideias’ de modo que uma se refira a outra); porque a sabedoria é a principal perfeição da razão, e é próprio desta faculdade conhecer a ordem(…). A ordem, que a razão apenas considera nas coisas, mas não produz, é objeto próprio da Filosofia natural (à qual se reduz a Metafísica). A ordem que a razão estabelece nos atos próprios, pertence à Filosofia racional (que é a Lógica). A ordem, que a razão estabelece nos atos da vontade, pertence à Filosofia moral (que é a Ética). A ordem, finalmente, que a razão estabelece nas coisas externas, que produz, pertence às artes mecânicas (daí a Filosofia das artes, chamada Estetica)” (In X Eth. ad Nic, 1, 1. I).
Desse modo a Filosofia abrange quatro partes, que são: a Lógica (ciência da verdade subjetiva), a Metafísica (ciência da verdade objetiva), a Estética (ciência do belo), a Moral ou Ética (ciência do bem).”.
E a Imaginação que não existe propriamente na IA, como funciona no homem? Também foi explicada por Sinibaldi, podendo ser apenas reprodutiva como na Inteligência Artificial, mas no homem ela também é criadora, pois pela nossa inteligência somos capazes de formar algo que nunca foi percebido ou mesmo que não exista, segundo Sinibaldi:
“- Imaginação é a faculdade, pela qual o homen conserva e reproduz as imagens sensíveis dos entes, mesmo na ausência deles.
1 A imaginação existe no homem. Vemos um animal, e, depois de o termos perdido de vista conservamos ainda é reproduzimos a sua imagem sensível. A imagem de um ente é sensível, quando o representa cercado de propriedades concretas e materiais, como são a cor, a figura, a grandeza, etc. – Os entes, cujas imagens sensiveis a imaginação conserva e reproduz, são os que foram percebidos imediatamente pelos sentidos externos e mediatamente pelo sentido comum. Por isso, a imaginação supõe o exercício dos sentidos externos e do sentido comum. A imaginação, no homem, é reprodutiva e criadora. É reprodutiva, quando reproduz as imagens dos objetos externos percebidos. É criadora, quando une ou compõe várias imagens de objetos percebidos, para formar a imagem de um objeto, que nunca foi percebido e que talvez nem existe. Dissemos no homem; porque a imaginação do animal irracional é apenas reprodutiva; visto que se essa faculdade é, em nós, também criadora, isto é devido ao fato de ela estar unida com a inteligência.”.
A Inteligência Artificial não é capaz de cumprir todos os requisitos para alcance pleno da Lógica, por lhe faltar a inteligência humana. Mas pode auxiliar imensamente como ferramenta para alcançar tal objetivo.
A IA é sem duvida uma poderosa tecnologia que potencializa as nossas realizações, tanto para o bem, como para o mal.
Para finalizar, segue alerta feito sobre o nosso futuro retirado do Artigo do Dr. Jason Snyder:
“Mas espelhos não apenas refletem. Eles moldam. Chamamos isso de inovação, mas é uma espécie de tecnonarcisismo.
Nossas máquinas não apenas nos copiam — elas nos bajulam. Elas apagam as irregularidades, as imperfeições e a tensão que tornam a originalidade possível. Elas devolvem uma versão otimizada de nós mesmos e, lentamente, começamos a preferi-la.
Estamos entrando em um estado de dismorfia cognitiva: um mundo onde a ideia que a máquina tem de nós é mais limpa, mais suave e mais satisfatória do que a verdade confusa. Como Narciso, frequentemente nos apaixonamos pelo nosso reflexo. Mas pior: não tropeçamos na piscina — nós a projetamos.”.
Grande parte da nossa vida se passa no mundo virtual, nas redes sociais, onde temos: – vaidade, tudo é vaidade-. E a Inteligência Artificial servindo como o maior instrumento para potencializar o pecado capital da vaidade.
esperando sair tópico novo pra soltar um “URGETNTE!