Como discutir? Pe. Paulo Ricardo

Bom dia!

Este vídeo é curtinho, dois minutos, mas é uma pequena aula de como funciona esse negócio de discussão com socialista. O Pe. Paulo Ricardo é daqueles caras com enorme expertise em ser ofendido pela esquerda e traz um resumo do que é óbvio para nós aqui, principalmente para MIM, que já acreditei firmemente no socialismo como regra.

Padre Paulo Ricardo explicando como é discutir com um esquerdista.

Eles não querem atingir a verdade pois eles nem sequer acreditam que ela exista. Você não pode querer algo que não acredita existir. pic.twitter.com/v6cDRKX8d5

— André (EmbaixadaResistência) (@emb_resistencia) October 5, 2022

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Sabem a parte que mais me toca nesse videozinho? O lance de criarmos os argumentos para sustentar a narrativa. Vejam, eu estudei História, e estudei muita coisa, li muito. Tenho um bom arsenal cultural e o usei muito para exatamente fazer isto: Criar linhas argumentativas que justificassem as falhas no processo, os problemas enormes e variados que naturalmente surgem da defesa em si do socialismo, sob qualquer aspecto.

Se eu falo da necessidade de manter cotas sociais nas universidades por estas beneficiar os mais pobres, ou da importância em preservar a liberdade individual com o direito ao aborto até x semanas, ou da certeza de que o Elon Batista poderia SIM pagar uns 5 bilhões de dollars anuais de impostos para lançar internet gratuita na África subssariana e assim promover desenvolvimento, eu posso simpelsmente pegar informações descoladas do contexto e as casar ali sem problema algum.

Posso falar que pobres brancos são quase 30% da população do país, posso pegar um dado de que a maior parte dos abortos é clandestina e regularizar isso traria uma redução de custos exprressiva ao SUS além de resolver o problema da coleta de celulas tronco essenciais para a pesquisa de vários tipos de câncer e devolver a vida a meninas pobres que têm nova oportunidade de crescer e estudar, etc… Posso dizer que a tecnologia leva riquezas à África de formas impossíveis e que exigir isso do Elon Batista ou do tio Bill seria o mínimo pra eles, que tem tanto…

Posso escolher até o viés, se mais sentimental, se mais científico ou mais professoral. Já fiz muito, so um malabarista de textos. Até me ofendo quando falam que sou uma maquina de lero-lero pois nessa bosta aí, sou mais refinado. Poderia pegar qualquer tema mais radical e o destirnchar favoravelmente a uma opinião pro-socialismo sem nenhum problema em minuntos. Sabem porque? Porque não preciso de rigor, não preciso de regras, nem de me ater exclusivamente à verdade. Eu estu certo, estou do lado do Bem, a mentira é apenas uma ferramenta. A falsificação e a omissão são necessários. Meu adversário não é honesto.

E este é um ponto crítico. Eu ao entender definitivamente que estava errado, o fiz porque, lá no fundo, eu achava MESMO que estava do lado certo, e que era BOM ser “do lado do bem”. Era muito bom ser celebrado pelos amigos, muitos, e ser aquele professor legal do projeto, o cara que dava esporro mas tinha ternura etc. Hoje as mesmas pessoas me chamam de burro, ignorante, estúpido, racista, cruel e malvado, repulsivo (sim, já me chamaram disso). Porque eu não sirvo mais, não atendo mais ao que se espera de uma pessoa “boa”.

Esse seu amigo aí, de esquerda, esquece ele. Ele não vai aceitar a verdade até que o Mal lhe faça um lanho, lhe tome algo essencial. Seu amigo esquerdista não liga para seus argumentos. Ele apenas busca freneticamente uma ou duas palavras que sirvam para contra-argumentar e criticar. Vai passar cinco minutos procurando um argumento pronto de um dos seus grupos de “apoio” para lhe rebater com “respaldo”. Ou vai tentar lhe reduzir a “bolsonarista”, “fanático”, “maluco”, etc. É BOBAGEM argumentar.

O esquerdista considera seu oponente um inumano, um boneco. Por isso ele não liga para a Venezuela. Quem morreu lá poderia ter ficado quieto, e nada teria acontecido. Por isso ele não liga para o desastre da covide. Fala em trocentos mil mortos mas não liga para quem estava implorando para poder usar um medicamento barato, quem estava passando fome sem trabalhar. O seu amigo esquerdista olha os mortos na URSS, China, Coreia da Morte, Cuba como nada, bonecos, numeros inevitáveis, lamentáveis e só.

A dica é: Fale para os amigos desse animal. Está em um grupo, se entrar política, deixe o animal falar até ficar alegre. Nada de criar ranço, depois comente algo fácil e simples contra o bando. Deixa a magia acontecer! Na internet, a gente fala para quem lê nossos amigos. Muita gente é alheia a política por não conhecer o contraditório – na escola se ensina, na igreja se repisa, como é que o cara sai disso? – e diante de um argumento simples vai até chiar, negar, mas a mensagem ficou ali. A gente planta as sementes da discórdia e vai passear. O tempo de longos entreveros digitais acabou, nada de criar provas de algum crimeideia maluco da vida aí!

Bom dia, e vamos serenos, mas brigando, nada de descanso!