Compram-se conselhos!

Bom dia!

Esta semana foi didática, mais uma vez. Mas eu disse antes e vou cumprir meu trato: CHEGA de queixume, não faz a menor diferença todo mundo saber o que nos deixa puctos diariamente em forma de reprise. Aqui somos bem informados, suficientemente chamados de negacionistas obtusos pelas jentes ixperrtas do mundo. Fase de explicar muito dos problemas passou. Não temos bola de cristal mas aqui, de certa forma, é a “barraca da cigana”, onde a gente passa pra ouvir conselhos e tirar ideias, pensar melhor sobre os problemas. A ideia tem de ser essa mesmo.

E agradeço enfaticamente ao pessoal que me andou dando ideias pela semana. As repasso, pois são muito úteis: Lance é em primeiro lugar refinar as estruturas de nossa casa. As nossas estruturas, mesmo. Casa eu digo “familia”, nossas coisas pessoais. Andamos gastando tanta energia em conflitos que acabamos por vezes perdendo a mão do local, do pessoal. Da proximidade com nossos problemas. Saibam que é isto: Tem horas que simplesmente entramos em brigas para fugir dos problemas reais que nos assolam diariamente. O Mal não dorme e se a gente fica longe dele, não sente seu bafo – mas ele continua a resfolegar lá, te esperando.

Vejo gente que é muito aguerrida nos combates políticos, mas que de certa form canaliza aquele estresse pessoal para a visa social. Aí tá o segundo ponto: Temos de ser mais exemplo pelo que fazemos do que por aquilo que falamos. Me coloco aí nesse esquema. É uma comodidade enorme usarmos essa social skin pra corroborar nossa auto-imagem. Tipo “instagramizar”, encher nossa vida de filtros. Mas daí a fazer bons exemplos, ter boas atitudes… há distância. Eu me coloco neste ponto exatamente por acabar dedicando pouco tempo à minha melhora pessoal, e muito ao conflito público.

Daí que caio no terceiro aspecto que é mais severo, que é exatamente o de buscar meios de melhorar as nossas vidas ENQUANTO brigamos por mudanças, quaisquer que sejam. E é melhoria em qualquer sentido. Vejamos que eu nem pretendo focar nisso ou naquilo. A sensação gloriosa da imobilidade positiva é um câncer! Termos razão e estarmos na direção certa não são muito bom predicado pra quem não sai do lugar, não muda para progredir, antes até para quem entende que há a necessidade de mudança permanente na nossa vida. Se você entende que DEVE mudar porque PRECISA, este é o esquema. Aceito ideias e conselhos, a tocada tem de ser essa mesmo.

E eu friso não estar frustrado com nada, não. Nem mudando de ideia sobre minhas posições ideologicas, etc. O lance é: estamos diante de mudanças severas no nosso mundo, na nossa política, nossas estruturas sociais. Já passamos por momentos brabos e isso nos deu a ideia de que as coisas acontecem em ciclos bem determinados pelo cálculo econômico, a biologia, o esgotamento dos projetos políticos e até a astronomia e a psicologia moderna. Não há prestidigitadores nos enganando quando estamos preparados para entender as mudanças e as explicar. Cigana não te convence se você se conhecer.

Quero, antes, seguir o conselho da nossa colega, em começar a cuidar B E M da minha vida pessoal, e fazer disso o mote daquilo que defendo e procuro provar como sendo correto. Adianta nada falar em mudança social se eu vivo devendo os bancos pelas bobagens que resolvo comprar pra “me agradar”, ou criticar a política que temos sem nem olhar a caderneta dos filhos na escola, sem perder uma horinha do dia estudando alguma coisa que soou estranha no trabalho. Não é pra virar santo, e largar tudo… é pra mudar o foco e gastar a energia no crescimento pessoal sobre as razias sociais.

Vimos a CPI esta semana. Somos governados por canalhas que jamais sairão dali. O que fazer? tentar arrumar imunidade ao que eles fazem, ficarmos “transparentes” na forma que puder, ou tentar dar jeito de pular fora ou dar aos seus filhos os meios pra fazer isso quando houver meios para isso. OU tentar ganhar em cima do processo, pois aqui nessa terra, por absurdo que pareça, estamos protegidos exatamente pela desordem e pelo caos diário em que estamos submersos. Há meios para tudo. Falta é estabelecer boas metas e não se enganar com os desesperados e os malandros.

Bom dia! Vão beber, gente!