Justiça abre processo contra metade do PT! G1

Comprei um ar 12k btu inverter ontem na black friday, saiu mais barato que no paraguai.

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Boa noite.

O custo financeiro de ser legal
Samy Dana – O Globo
Quem é gente boa faz mais amigos, tem uma vida social mais intensa e por isso é mais vulnerável a gastar mais, diz estudo
A cultura nos ensina a ser agradáveis. Pessoas que são gente boa fazem mais amigos e têm uma vida social mais intensa, pois são queridas pelos outros. Mas isso, alerta um estudo recente, muitas vezes tem um preço: as finanças.
Quem define a si mesmo como uma pessoa agradável é mais vulnerável a um futuro financeiro sombrio, segundo trabalho dos economistas Sandra Matz (Columbia Business School) e Joe Gladstone (University College London) publicado em outubro no Journal of Personality and Social Psychology.
Um ditado da língua inglesa diz: “caras legais chegam em último”. Diz respeito a uma suposta preferência feminina por bad boys,em vez de homens amigos e compreensivos. Mas o estudo — que pega carona na frase — sugere que, pelo menos quando se trata de dinheiro, existe um fundo de verdade.
O trabalho foi montado a partir do cruzamento de várias pesquisas anteriores sobre como os ingleses lidam com o dinheiro. Na mais ampla, foram usados os dados de mais de 3 milhões de pessoas pesquisadas em dois painéis on-line da BBC sobre personalidade e vida financeira.
Outra etapa envolveu quase cinco mil participantes de uma pesquisa sobre personalidade realizada 25 anos antes. Eles tinham 16 ou 17 anos na época, agora estavam na meia idade. Ao entrevistá-los, os pesquisadores puderam verificar se a personalidade na adolescência veio a influenciar as escolhas sobre dinheiro na vida adulta.
Além disso, Sandra e Gladstone tiveram acesso aos dados financeiros de mais de 500 clientes de um banco, que aceitaram colaborar com o estudo e também responderam um teste de personalidade.
Mas como definir se você é agradável? Em cada estudo, os participantes respondiam, por exemplo, o quanto concordavam ou não com perguntas como: “Eu me vejo como alguém que perdoa facilmente?”, “Eu sou alguém rude?” ou “Eu me vejo como alguém que é gentil com os outros?”.
Aqueles que se definiam como pessoas agradáveis geralmente poupavam menos, tinham uma pontuação pior nos rankings de crédito e muitas dívidas para pagar. Isso era ainda mais frequente entre pessoas que começavam a vida sem muito dinheiro e não contavam com suporte para o caso de más decisões financeiras.
Mas será que o jeito agradável deixa essas pessoas mais vulneráveis?
Uma teoria anterior sugeria que o motivo era porque elas são menos propensas a confrontar os outros e, assim, ao negociar salários ou outro pagamento, cedem mais do que deviam, ao contrário das pessoas mais focadas em obter o maior ganho financeiro possível. Também tendem mais do que os outros grupos a servir de fiador e a emprestar dinheiro a amigos e parentes, arcando mais tarde com as dívidas alheias.
Mas os pesquisadores sugerem outra explicação: não se trata de quanto ganham, pessoas agradáveis simplesmente não dão tanto valor ao dinheiro quanto dão a ajudar os outros. O resultado, segundo o estudo, deveria estimular políticas públicas que incentivassem esse grupo de pessoas a poupar mais.
Não há nada errado em ter uma personalidade agradável e, além do mais, ser rude não é garantia de que alguém vá deixar de ter problemas financeiros. Porém, o trabalho serve de alerta: todo mundo gosta de ser querido, mas não a ponto de ameaçar sua vida financeira.

Bom dia!