Bom dia!
Eu acho sempre engraçado como certas coisas são desnaturadas na nossa cabeça. Hoje, por exemplo. Dia da Independência. Eu aprendi isso na escola, seis anos. Demorou mais uns anos até entender exatamente o que isso queria dizer, e mais uns anos dizendo para montes de gentes por aí que era balela e bobagem grossa, coisa inexistente e por fim, estou cá fazendo um texto curtinho para guardar uma data que seguramente tomo por importantíssima.
Mas neste nosso momento atual, você resolver homeagear a data soa muito mal. Quem põe bandeira do Brasil na janela fora do estreito período compreendido pelos invernos dos anos pares de nosso calendário gregoriano? Adesivo no carro, aquela fita colorida à Senhor do Bonfim… Quase ninguém. Quase não: há os loucos, os tin hat men, os nacionalistas radicais, gente desconectada da realidade. Os devotos das ditaduras…
Isto mesmo. Eu disse que passei uma etapa de minha vida negando a ideia de que o negócio era “independência”, correto? exatamente. IDEOLOGIA, sabemos bem. Sabemos tanto quanto sabemos estar vivendo em uma nação doente, envenenada pela violência, pela corrupção, pelo caos social, o ódio de classe explícito e incontido que volta e meia extravasa em arroubos de insanidade perpertrados por minorias barulhentas e pesadamente aparelhadas por corpos políticos dentor e fora do Estado.
A burrice é um projeto de décadas, já dizia o Seu Nélson. Nosso país, a nossa nação sofre com este processo longo e doloroso de estupidificação. Ou, como falava outro cara inteligente nos idos de 1960, o Festival de Besteira que Assola o País. No meio deste projeto tão gramsciano, tão socalista, tão emburrecedor, temos a “desconstrução” (odeio esta palavra) do sentido da “independência” nacional. Obra de muita gente boa, esclarecida, vibrante no mètier acadêmico, decádas a fio macerando um conjunto de ideias exageradas, injustas, limitadas ou simplesmente falsas sobre a factualidade da ciração da nossa nação.
Falam que D. Pedro estaria com diarreia e numa de suas paradas para desopilar seus intestinos à beira do rio famoso, lhe chegou a carta e num gesto de emoção, se declara a Independência. Falam de complôs, dinheiro inglês, de marmotas intermináveis com o ouro real, de gente interessada em espoliar a coroa Portuguesa e sequestrar D. João, ingleses e franceses num acordo para “africanizar” a ocupação americana, de “brasileiros” traidores freados por D. Pedro, falam de um terreno nunca realmente “independente”, falam de nosso estado eternamente colonial, colônia dos EEUU, do inferno… enfim… fala-se de tudo o que pode ser dito para desqualificar nosso ato essencial.
***
Temos hoje esta relação mesquinha com a nossa Nação. Brasileiro que se preza e que curte ser bem afamado pelos amigos não irá jamais ter essas conversas de velho, antiquadas. eu era criança nos anos 1980. Minha mãe mais de uma vez levou a todos nós, irmãos, para ver o desfile de Independência. No Hell, se passava – e ainda se passa – na Avenida Presidente Vargas. Criança não entende nada mas ver os soldados era algo inspirador para minha mãe, que desejava os filhos militares, e para nós, que viamos todo o “negócio de guerra” de verdade, meio de longe mas ora essa, era real, não era na TV.
Era ao vivo, horas a fio de desfiles pelo Brasil todo. Era a nossa maior data, a mais importante. Era legal, eu gostava de ver na TV os desfiles de Brasília, ali era o foco pois haviam as imagens dos nossos Mirages e F-5 – eu adorava – e dos nossos soldados mais sinistros, tal… caatinga, selva, os comandos especiais (sic), et cetera. Era algo até monótono mas era algo que condizia com a relevância da data.
Tempo passou, elegemos governos “democráticos” e “populares”, o gosto da população já sendo envenenado por décadas de discurso pacifista e contra “os horrores da ditadura” passou a defenestrar o evento. Não só o evento público, que, em tempos de austeridade brutal no começo dos anos 1990, foi praticamente suprimido, mas a data em si passou a ser sistematicamente combatida, abandonada, suprimida. Virou um feriado como o de Corpus Christi, em que todos aproveitam mas quase niniguém sabe exatamente o motivo… perdemos algo no caminho. Aliás, eu sempre digo isso sobre quase tudo neste país.
Não faço nenhuma comparação com outro lugar, outro país. Seria mera humilhação. Sabemos muito bem do amor incondicional que vários povos têm por seus países, por sua terra. E de como a data de fundação é a data de maior expressão deste amor, deste sentimento de pertencimento a um lugar. A ideia de “nosso lar”, de casa, ponto de partida e chegada. E se comemora justamente a benção de ter nascido aqui e não ali, com este povo ao lado, e não aquele outro, com a religião que este povo se permitiu crer e com esta língua que seja fácil ou dificil, é única e é a que nos liga ao nosso passado, aos nossos pais, a nossa memória.
Independência é exatamente isto: a data em que nossa terra nasce. Nossa data é o Sete de Setembro. Não precisam ser piegas, ser românticos. Basta que sejamos coerentes e neste dia, aceitemos que sim, é um ótimo lugar o que temos para viver. Terra boa, clima bom, lugares bons para se erigir uma casa, plantar, criar gado, fazer riqueza. Um povo que na sua maioria é bom, trabalha muito e consegue realizar prodígios fantásticos com frequência. E que sim, é um lugar que sofreu com escolhas perversas e mesquinhas de pequenos grupos e que sofre ainda com a ação de muitos e muitos interesses, ideologias, vontades pessoais.
Mas ESTE é o nosso lugar, somos brasileiros em qualquer lugar. A tarefa mais dura será a de fazer com que isso seja algo bom, positivo, e não um fardo ou um estigma maligno. Temos certa vergonha em ser brasileiros, e estamos brigando muito para mudar isso. E esta luta vai levar tempo. E não vai ser simples nem suave.
Enfim, me perdoem o texto longo, acabei fazendo isso… e espero que tenhamos um bom dia. Descansem, aproveitem suas famílias, vão à rua aproveitar o sol ou a chuva. Nossa casa é bagunçada mas é ainda muito bonita.
Bom dia!
*Este texto não é novo, eu o postei em 07/09/2018. Gentileza dar uma lembrada no que estava acontecendo nesta semana, a sete anos atrás… Semana maldita. Deus cuidou bem da gente, e não devemos esquecer de como as coisas mudam depressa e nem sempre para melhor.
First sem golpe
“Fessor” Jefisso não conta. É funça e LGBTHDMI.
Esse não-golpe tá na tua conta mesmo…!
Nao vai sobrar ninguém
https://www.facebook.com/share/1Fobx6u1qb/
Ricardo Salles reu… decisao do Moraes. Por comtrabando ambiental
Ridículo isso. Inventam os crimes e pronto.
Tópico real de hoje:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/09/07/canonizacao-de-carlo-acutis-vaticano.ghtml
https://www.instagram.com/reel/DNVdYk7O9Px/?igsh=MTNwNmhwYXNoeHpuMg==
“E esta luta vai levar tempo. E não vai ser simples nem suave.”
E é bem na nossa vez, sim! Falamos muito sobre ficar ou sair do Brasil, mas só de não nos desconstruírmos na aparência, por exemplo, já estamos passando um recado importante.
Particularmente, fico até emocionada de ver o 7set em municípios pequenos.
Parece uma volta no tempo e uma sensação de que nem tudo ficou pelo caminho.
Nos grandes centros, sim, a data derreteu e essa urbanização do país com todo mundo hoje entrincheirado em quitinetes de menos de 30 m² me faz pensar ainda mais no Brasil que perdemos pelo caminho.
Bom dia, muquis 🧡
Dia!
Eu estou começando a achar um negócio meio doido. Achando que gradiamente o Brasil vai se dividir em dois: o Interior e o Litoral. Como os portugueses sempre temeram. Sei lá, me deu essa sensação outro dia e comecei a olhar essa discrepância intensa entre o interiorzão e os centros com outro viés.
Fazíamos parte do Reino Unido de Portugal e Algarves.
Éramos tão portugueses quanto qualquer um nas ruas de Lisboa e do Porto.
Daí ficamos independentes. Hoje o sonho de 99% dos bananeiros ‘independentes’ é achar um ancestral tuga para conseguir cidadania.
Que fracasso!
Ki si laskem e pmj.
Éramos reinounidenses….
PERDEMO
“Menas”. Se Portugal não tivesse tentado nos retornar à condição de colônia em 1820 ainda poderíamos ser parte de um Reino Unido.
Também, mas a revolução liberal deles cagou foi com tudo.
É, precisaremos de outra data da independência
8/1, cara.
Por muito… muito menos anularam toda a Lava Jato…. aquela com.inumeros réus confessos e provas e provas e mais provas…
_____
https://x.com/BolsonaroSP/status/1964438354524852661?s=19
estava zapeando antes de ver a F1.
Me aparece a barraqueira dando e ganhando 3 beijinhos dos milicos que ainda tiram o quepe. PQP
Nos outros paises é uma continência.. kkk sóo faltou um pet no colo.
Dia meus desfilantes!!
Barna, essa de puxar. Memória de 2018 foi massa. A gente esquece como as coisas passam rápido e como tudo muda..
Bom domingo muquiranas paz e amor
Passa rápido e olha… que fracasso, viu. Dá uma tristeza, mas é coisa que passa…
Bom dia!
Engraçado como esse texto escrito faz 7 anos parece atual. Eu acho até que vc atualizaria ele, e de uma forma mais triste se escrito hoje.
Eu aprendi aqui mesmo que minha pátria é minha familia, aprendi a dizer, já sentia isso, apenas nunca tinha me dado conta.
Viver presa a um lugar apenas porque nasceu nele é meio mediocre, se não há o que salvar, salvem os seus.
Como eu agradeço a cada um aqui que me ensinou as coisas realmente importantes, A Fé, a Familia, meus filhos. Obrigada mais uma vez.
Mas é isso. Em 2018 mesmo com aquele terror todo, havia mais otimismo. Fato. Não quis atualizar nada, até pra não perder essa vibe mais positiva. Nós perdemos um bocado dessa positividade…
Vi no X
“ Temos 6 milhões de desempregados, mas 21 milhões de pessoas recebem Bolsa Família
O Brasil saiu do Mapa da fome, mas 51 milhões precisam de gás grátis…
Temos 38 milhões de trabalhadores, mas 40 milhões de aposentados e pensionistas
O Bostil vai falir”
Minha opinião :
Moralmente já faliu
Só não é terra arrasada porque tem potencial energético e 25% de teimosos que produzem riqueza
Clarion:
“ O Estado é o maior criador de desigualdade.
Taxa comprinha do pobre pra enriquecer a véia da Magalu.
Taxa o feijão da faxineira pra comprar vestido de grife pra Janja.
Taxa as “pessoas inconvenientes” que ganham salário mínimo pra construir sala VIP em aeroporto pra “otoridade” não ter que dividir espaço com essa ralé.”
O Estado usa a violência econômica para controlar a sociedade. É mais prático.
atentai:
-Povos indígenas de MT recebem cartas de anuência para desenvolver atividades de turismo sustentável.2d
-Ciência Fundamental: Como Oriximiná, na amazônia, incentiva indígenas no ensino superior.4d
-STF começa a julgar consulta prévia à indígenas sobre obras.
-No Dia da Amazônia, CBF anuncia apoio à Taça dos Povos Indígenas.
-Comunidades tradicionais marcam presença na Expointer.
Indígenas e quilombolas do Estado apresentam, na 48º Expointer artesanato, manifestações culturais….
https://www.instagram.com/reel/DOOSk83jVLI/?igsh=MXNmc2huaTN5NWJmdw==
nova moda francesa:
-Young, politicised, far left: Who are France’s ‘Block Everything’ protesters?
Supporters of France’s “Block everything” (“Bloquons tout”) movement..
-‘Block everything’: France on alert ahead of nationwide protest
French authorities are bracing for a day of nationwide protests led by far-left activists next week,..
O PM quer economizar $$$ e até cortar 2 feriados…. garotinhos não admitem. nemnem.
Francês fazendo revolução no modo easy
https://www.instagram.com/p/DOEqYO8EnMW/?igsh=cDR3cGc0Z2ZzMTBu