Um pitaco sobre Malala

Há uns dias eu estava atendendo a um aviso de nosso colega de Facebook, sobre um debate que estava acontecendo em nossa page lá. A postagem usava esta imagem aqui:

Era, após esta publicação, uma longa discussão sobre a ativista Malala e suas palestras no Brasil, e alguns colegas de grupo a defendiam valorosamente, alegando que seríamos desumanos por não a levar a sério, e que a sua luta por “educação contra a violência” seria algo realmente importante – e que o Guns Free seria incapaz de nos trazer segurança.

Resolvi esclarecer as coisas rapidamente aos colegas mais otimistas, e transcrevo sem palavrões e maiúsculas meu raciocínio de então:

Eles, nossos colegas de Facebook renitentes, infelizmente não entendem como funciona o mundo “a fino”. Achavam que nós deveríamos ter pena da menina pelo que lhe aconteceu, pela tentativa bárbara de homicídio que lhe sucedeu e o milagre de sua sobrevivência. OK, tenho profundo desprezo pelos animais que tentaram matar a menina. AGORA, EU pessoalmente precisei frisar o fato: ela, Malala, AINDA É ISLÂMICA. Ela AINDA ACREDITA NOS MESMOS PRINCIPIOS DOS ANIMAIS QUE QUASE A MATARAM. ELA ADVOGA PAZ MESMO TENDO SIDO CAÇADA COMO RÊS POR ANIMAIS ARMADOS DE RIFLES AUTOMÁTICOS.

Se os colegas de Facebook que debatiam em defesa da menina têm tanta piedade de seu destino e de sua luta, friso: Porque DIABOS a menina hoje anda com seguranças ARMADOS? SIMPLES: porque seu discurso post-ressurreição é pacifista de desarmamento. Em resumo, ela não deseja a morte de seus agressores, nem que outros possam agir violentamente para impedir crimes como o que a vitimou. Ela quer PAZ,  mas só se mantém viva por meio da FORÇA DE TERCEIROS.

Não quero julgamentos a respeito da factualidade, do acontecido com ela e o que concorreu para a sua transformação em mártir global. Compreendam o fato de ela ser objeto de forças muito mais capazes e pragmáticas que usam seu estandarte para este discurso de merda. E que ainda catalisam pessoas, que creem sinceramente nesta esparrela. Recomendo a quem não pegou o fio da meada: Voltem dez casas, e recomecem o argumento sem essa tocada de “piedade automatica”. A Pessoa Malala pode ser muito boa, mas as intenções dos que a cercaram e guiaram depois da covarde tentativa de homicídio contra ela, não são.

Se a Malala de hoje quisesse justiça real, desejaria ou ao menos não repudiaria de algum modo o extermínio dos que estupram e matam jovens como ela, e apoiaria aqueles que realmente estão defendendo pessoas em situação similar combatendo os fanáticos mundo a fora. Defenderia a posse de armas de fogo. Quem não entende a extensão da ideia da liberdade do uso de armas de fogo pelo cidadão não entende de onde emana a liberdade nas sociedades ocidentais.

Larguem de sentimentalismo, pois. Leiam a REALIDADE. A menina apoia os que lutam com educação contra a alucinação do islamismo. ADIANTOU?  Quem mais combateu o radicalismo islâmico, foi quem mesmo? Professores, ideólogos? Não: SOLDADOS. com livros? Não, com armas. Quem crê nisto, na jornada de paz universal, vai esperar quantos milhares de mortos para que a educação comece a dar resultado? Amor ao próximo em primeiro lugar, e o Estado Islâmico até hoje incinerou mais de 4 mil crianças no Iraque e na Síria. Quem impediu o avanço da bestialidade muçulmana? ARMAS. HOMENS E MULHERES MATANDO AQUELAS BESTAS.

Só a força permite que a cultura e o conhecimento prevaleçam em uma sociedade. Por isso o Taleban tentou matar a menina: Porque ela disseminava conhecimento – e o rude, o animal sem freios, tratará de eliminar riscos à seu progresso. A menina deveria ter entendido que ser mártir não resolve o problema. A caneta é mais forte do que a espada, mas infelizmente a espada só pode ser contida por algo equivalente. Educação só transforma em um ambiente em que as garantias essenciais são preservadas. E vida, liberdade individual e direito de opinião só se defendem com o uso da força, amigos.

Sobre essa parte de religião, sinceramente irei me limitar. Não tenho saco para falar sobre a cultura cristã ocidental e sua relevância uma hora dessas. Só te digo isso: modinha de psicopatas? ignorem. Desconfiem de pessoas “boas demais” – principalmente as que recebem apoio de socialistas. Direitista que não sabe o valor da liberdade, da fé cristã, da defesa da força contra o crime? Direitista coisa nenhuma, precisa ler mais, perguntar mais, mesmo sendo libertário, mesmo sendo ateu, tem de olhar a realidade e ver como esta se desfaz diante da progressão da cultura de fanatismo violento na atualidade. Seriam mais daquela cepa sinistra de liberteens achando que o mundo vai sim mudar e virar um campo de unicórnios amarelos vomitando arco íris, tendo um bilhão de pessoas que acham razoável ou desprezível balear adolescentes em nome da sua fé obtusa ao nosso lado. E mais uns dois bilhões de marxistas.

Vai dar certo sim, vai ser no amor sim. Ah se vai.

P.S: Não falei sobre a parte marxista da menina para não me emputecer mais com o assunto.

P.S do P.S: Não deu: Vejam as três pessoas e suas iniciativas que receberão grana da Fundação Malala (?) para promover…

• Movimento Infanto-juvenil de Reivindicação (Mirim): Sylvia Siqueira Campos (Pernambuco): O movimento foi criado em 1990 e tem como objetivo “defender e promover os direitos humanos com foco na infância, adolescência e juventude, a fim de combater as desigualdades, estimular a cidadania ativa e radicalizar a democracia“
• Anaí – Associação Nacional de Ação Indigenista: Ana Paula Ferreira de Lima (Bahia): uma das coordenadoras da  Anaí, criada em 1979 para “promover e respeitar a autonomia cultural, política e econômica e o direito à autodeterminação dos povos indígenas“. Ana Paula já foi professora e agora atua para aumentar o número de meninas indígenas que terminam os estudos na Bahia, além de treinas 60 garotas indígenas para se tornarem jovens ativistas.
• Ação Educativa: Denise Carreira (São Paulo): é coordenadora adjunta da organização fundada em 1994 para “promover os direitos educativos e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável no Brasil“. Segundo o Fundo Malala, atualmente ela desenvolve um curso online para treinar professores em temas relacionados à igualdade de gênero, além de produzir um relatório sobre a violência e a discriminação de gênero na educação.