Uma conversa sobre escolas e livros

A USP tomada por socialistas vai dar aulas de História gratuitas para te ensinar a Sua História. É como os nazistas te mandando livros para te ensinar tudo sobre os crimes dos judeus na Europa.

Bem, o Ugo me pediu para falar um pouco sobre o problema que é o tal do “mandar o cara estudar”. Em resumo, para atalhar a coisa, é o fato: Os conteúdos dos livros escolares, mesmo que não possuam nenhum traço ideológico visível, estão ainda atrelados a toda uma visão de mundo trazida pelo pessoal da esquerda fugida da repressão do regime militar. As universidades, os cursos, as bibliografias, os textos acadêmicos, as pautas das disciplinas nas universidades, tudo permeado pelo discurso socialista aplicado à educação. E não é algum tipo de alarmismo de vídeo de bate-bumbo.

Por isso mesmo o cara com quem você debate no face, na fila do banco, na sala de aula sempre vai te mandar estudar. Pela absoluta certeza de que você irá ler os livros DELES com a narrativa DELES. Não te mandam estudar. Te mandam estudar História, a história que ELES, os marxistas culturais, marcaram a ferro. Mas na universidade eu mesmo aprendi que História não serve para “ensinar” pessoas, serve antes para orientar, para ser referência. Quem inventou que a História tem essa “função social”… vocês já sabem…

Por que será? Será por conta da formação marxista da universidade? Universidade marxista forma professores com viés marxista. Basta verificar a bibliografia das disciplinas de Brasil em qualquer universidade pública. Por exemplo, não se estuda criticamente a argumentação dos militares mas há espaço para, por exemplo, disciplina do “golpe de 2016” nas grades de várias universidades públicas. Logo, poderia ser 100% dos professores contrários, isto não mudaria em nada os fatos.

De minha parte, eu explico a meu respeito. Sabem quando eu me toquei de que era um canalha?

Quando eu percebi que estava acostumado a menosprezar, ignorar, desqualificar a OPINIÃO dos mais velhos. Eu usava exatamente este argumento aí. De que eu, professor de História, era contra pois tinha dados e fatos e números. Eu estava ali na sala de aula, estive por alguns anos, pago e de graça… desqualificando a MEMÓRIA dos pais, avós dos meus alunos. De boas, sem embargo, pois eu tinha a certeza de que era um caso simples. Ignorância do pessoal, apenas os mais velhos “eram iludidos”, “não sabiam da verdade” dos fatos, encoberta pela “ditadura”. Verdade que EU SABERIA PORQUE HAVIA ESTUDADO.

Me percebi hipócrita quando percebi que os autores que eu lia eram interessados na narrativa, e que eles mesmos simplesmente rechaçavam qualquer tentativa de releitura. Ninguém lê autores de ‘direita’ na Universidade impunemente. Ou quando lemos, é apenas para contestar com dezenas de textos de autores com ótimos argumentos sobre o fracasso do conservadorismo e do neoliberalismo e da ‘direita’ após a derrota na Guerra da Europa. E de como o capitalismo está se desintegrando para dar lugar a coisas novas e maravilhosas, etc…

Mudei muito em função da crítica de muita gente dos blogues, desde o BIB. Eu acreditava que não era assim de esquerda, não curtia os radicais, achava geral meio babaca, mas até tu se perceber o babaca leva tempo e exige muito trabalho. De debate em debate eu fui me orientando a estudar os temas e os problemas que me pegavam, as discussões que eu perdia e sabia porque estava perdendo. E nisso comecei a ler documentos, textos divergentes, vi as fontes dos caras que criticavam o socialismo. Muita coisa, eu havia visto na Universidade, mas com um viés totalmente distinto, não crítico. Eu repetia porque era mais fácil e confortável. Porque os livros me davam o conforto das certezas absolutas. Todos os livros diziam a mesma coisa, ora essa!

Hoje é simples, muito fácil. Sentei pra ler toda a epopeia do Élio Gaspari, aquele psolista com método. Caldeira, as leseiras de autores menores, aquelas merdas da CNV. Podemos ler tudo muito facilmente, rapidamente, sem obstáculos. Os livros não detém mais o monopólio da informação “verdadeira”. Daí o desespero destes líderes de mídia em criar o fenômeno das “Fake News”. Para deslegitimar qualquer coisa que esteja “fora dos livros”, “fora da academia”. Poxa, por que só temos um lado da história berrando que o outro lado está errado? Porque muita gente ganha e detém poder com isto.

Hoje é simples, muito fácil obter um conhecimento contraditório e até mesmo o divulgar, mas é uma tarefa sinistra se por contra o senso comum, contra o que está no papel, na mídia, no discurso bonito do cantor de óculos coloridos, no vídeo do youtuber de nome escroto. Mas a filosofia do “sorria e acene” cabe nisto: Resolvamos os NOSSOS problemas, eduquemos a nós e nossas famílias, nossos agregados. O tempo de corrigir as falhas não é este, e ainda haverá muito a ser feito. Milhões de jovens estão saindo das escolas e universidades com esta formação deficiente e indexada. A menos que caia um meteoro nível reset, a coisa não vai a curto prazo. Sem desânimo, apenas é a hora de cuidarmos dos nossos…