Saindo (cuidadosamente) do atoleiro

Bom dia.

Dois pontos esta semana aqui no blogue mereceram minha maior atenção e interesse, não por ser novidade, mas por fazer parte deste novo cenário em que estamos enfiados até a cintura, e que temos no momento pouca capacidade de gestão. Seria mais ou menos aquele momento em que você está com seu carro atolado, e se senta pra descansar depois de umas 20 tentativas. Essa sensação de desconsolo é meio que a regra. Mas calma.

Falamos da questão do gobierno tentar novamente inventar ideia com vacinas e falamos de como o pessoal anda em baixa com as discussões de política, economia, sociedade… as duas coisas convergem para um mesmo ponto: Como estamos, todos, focados de alguma forma em cuidar de nossos próprios e pessoais problemas, certas discussões deixam de ser tão gerais e viram temas quase individuais.

Explico: No caso da vacina, já falamos antes: Vivemos em prol da desordem e é a desordem a fonte da nossa sobrevivência neste lugar dos infernos. Nada de aparecer muito, gastar energia debatendo. Bobagem. A hora é de acompanhar sem fazer barulho, nada de criar confusão, e se manter longe do que o gobierno pretende. Jeito há, mas tem de ter calma. O desespero atrai o caos e os oportunistas. E nada pior do que um cretino que possa atrapalhar alguim aspecto da nossa vida pessoal por conta de uma merda estatal.

Sobre o pessoal estar meio cansado dos debates inúteis aqui no blogue, entendo perfeitamente e havia alertado mais de uma vez: Estamos em um período de baixa generalizada. Não é só eu, você, os amigos e amigas daqui… é uma sensação de larga escala. A inflação machuca os mais pobres, impede o consumo da classe média, deixa todo mundo sem sobras, sem folgas pra se planejar bem, cria tensões e animosidades contínuas.

E sabemos que nada vai mudar no curto prazo, aquele momento de “vai dar merda” já chegou e está, sim, dando merda. E como a gente sabe que não tem lá muito o que fazer a não ser esperar a natureza tomar conta do que está sendo demolido, ficamos todos nesse desânimo de debater problemas. Porque por vezes CANSA debater problemas que nós todos sabemos a causa e entendemos a imposibilidade de solução. Entendo perfeitamente o cansaço do pessoal aqui.

Tirando os óbvios “vendedores de lenços”, que vão se beneficiar da situação atual por perspicácia e oportunidade, a maioria de nós está correndo atrás de organização para tolerar uma piora gradual. O atoleiro que eu falei, que cansa a gente, é como a nossa situação social: Degradando lentamente enquanto tentamos jeitos de continuar caminhando. Obviamente creio que nada será catastrófico de imediato, notem que o Hermnistão só entrou em pânico quando… não, eles ainda não estão em pânico…

Então, é assim. Aqui, eu tento evitar temas muito conflituosos, muito “brigáveis”. Tento agregar, trazer os assuntos de vocês para a conversa, e infelizmente preciso conter e limar algumas coisas até para melhorar o tipo da conversa que mantemos toda semana. Friso sempre: O Ugo faz um esforço enorme pra manter o espaço rodando, então espero ao menos que os mais exaltados não transformem o blogue em ufc moral.

E espero que todos tenham uma semana decente, porque o ano está acabando e logo começam as reuniões de encerramento…kkk…

Bom dia!