Livres do Mercado

Bom dia!

Nas últimas semanas o pessoal que gosta de uns negocinhos de economia no café está em polvorosa com a “tresloucada” tarifologia do Trump e dos EUA. A moçade das economias uspianas e capineiras, fumadaças de Maria da Conceição Tavares prevendo catástrofes horríveis com o fim dos EUA e o empobrecimento generalizado do mundo livre pois, ora essa, é absurdo os EUA punirem outros países apenas porque estes lhes impõem tarifas mais pesadas.

Mas eu digo: UÉ?

Primeiramente Trump passou boa parte do seu caminho rumo à Casa Branca defendendo que era necessário haver reciprocidade em matéria de economia internacional. Se por um lado é simples para os EUA injetarem inflação na economia internacional via emissão de papel pintado, por outro isso não resolve o enorme e brutal défice nas contas externas doi país. Ou seja, os EUA se endividam criando inflação interna, ejetada mundo a fora por meio de trocas comerciais que acabam financiando as nações que mais ajudam a aumentar o défice externo dos EUA.

E Trump repetiu ad nauseam que iria brecar a impressora do FED em algum momento. Não agora, simplesmente por ser impossibiru fazer isso de uma vez. Daí a necessidade mandatória de cortar e muito os gastos internos, principalmente aqueles de baixíssima confiabilidade e nenhum tipo de fiscalização interna. E para fechar a impressora, tem de precisar menos de dollar virgem para fechar contas imprecisas e cada vez maiores.

Daí que os EUA metem tarifas enormes nos países que mais arrebentam o seu negócio exatamente por ser aqueles que mais roubam divisas e empregos dos EUA. Vietnam não tomou na cabeça porque os EUA tem ranço dos txainas baianos. Simplesmente o Vietnam produz de meia da nike até processador da AMD. Não precisa penar muito raciocinando o objetivo das tarifas: É forçar o que é de maior valor agregado a ser produzido nos EUA, com o bem mais caro e compensado com menor custo de bens básicos – baratear o que não vai voltar ao país por não agregar tecnologia.

Porque a BNN ficou de fora? olhando pelo meu viés, é simples: Temos uma balança comercial muito boa com os EUA em itens que eles não conseguem produzir em maior volume sem gerar um aumento de custos que rapidamente se disseminaria por todas as baixas camadas da economia. Quer dizer, mete um tarifaço na gente e o pobre dos EUA nao consegue mais comer nuggets da Sadia.

Além disso, não exportamos produtos de alto valor que concorram pesadamente com os dos EUA. Nem a Embraer, que cuidadosamente evitou o conflito direto com as duas irmãs e agora vê sua concorrente mortal enrolada nas tarifas que o Canadistão está tentando desenrolar, se prejudicou. E o resto, é secundário à exceção do que foi anotado logo no começo da história de taxações. Notemos que o Aço, realmente sensível, já tomou tarifation seletivo preventivamente, pra gente ficar esperto. Mas nem todo mundo no gobierno é esperto e…

Obviamente o mundo está dividido em três grandes blocos de nações: Os que não tem nada a fazer pois são o alvo real da pedrada, e independente do esperneio ou negociam ou se viram dobrando as chicotadas no lombo de sua população; Os que ganharam o brinde de virar amigos dos EUA sem fazer muito esforço, apenas por não ser relevantes e não atrapalhar o negócio deles. E os amigos do Trump, que não perderam ou simplesmente foram ignorados neste processo de imposto avanço.

Para nós, o ideal é so fingir de morto até o leão passar. Não temos NADA que ficar brigando pois os EUA foram bastante compreensivos com a gente: Educativamente meteram 10% num país que taxa até a alma de tudo o que faz troca comercial conosco. Dez por cento saiu barato, diante do arrazoado de bosta que nosso Grande Líder soltou e o Itamaraty aplaudiu compungidamente. Não é o pior dos mundos, países amigos dos EUA como UK, Austrália, Arabia Saudita e Cingapura levaram a mesma taxa. E para o nosso agro nem pesa tanto – a competitividade é absurda.

Daqui a um ano veremos o resultado destas medidas. SE Trump está correto nesta abordagem a gente vai ver um apavoro de crescimento interno deles e os sus amigos se beneficiarão enormemente deste “reset econômico”. Se der problema, veremos muita confusão interna e externa e certamente vai sobrar para nós, do andar de baixo, que não mandamos em nada e estamos criando nosso próprio caos econômico.

Bom dia!