Magoados, vocês?

Bom dia!

Esta semana li um texto sobre um pequeno problema que surgiu entre os funcionários do BNDES, aquele banco estatal de índole duvidosa, quando da eliminação física do seu diretor, o famigerado e conhecido Levy, o Breve. Consta, a partir da coluna de fofocas dum jornalista d’O Globo o queixume da barnabezada local, técnicos caríssimos e de alta nobreza editalícia, contra tal facãozada do Presidente.

Ora, a moçada se sentiu magoada – o termo usado foi este – com a forma grosseira com o qual Levy, o Breve, foi extraído do banco. Magoados. Mas “magoados” COM QUEM, PORRA?? Com a decisão do Presidente da República, que em ato exclusivo pode exonerar os chefes de autarquias, por exemplo? É isso?

O servidor Público tem o direito de contestar e questionar a má administração. Recusar ordens inviáveis, débeis em razoabilidade, imprecisas, falhas, ou que gerem, facilitem a execução de atos criminosos. Nem precisava explicar isso, mas vá lá, alguém poderia me falar “mas tu é FP, tu não discorda de nada não?”, coisa do tipo. O cara pode reclamar sim, e com razao. Mas o caso aí é outro.

Levy, o Breve acabou se mimetizando com a barnabezada local, que o convenceu da ideia de  deixar pra lá esse lance de “caixa preta”, etc… Acreditou que ficando paradinho ali no canto, só fazendo fotossíntese, ninguém o importunaria. Não daria problema nenhum, até pelo fato de os barnabés do BNDES terem asseverado não haver nada lá que precisasse ser mexido, que isso… Só que isto era exatamente o ERRADO a fazer. Foi exatamente para ABRIR o BNDES que o Guedes pôs o Levy, o Novamente Breve, naquela cadeira magnética.

O pensamento cartorial desta raça é perverso. Gente que recebe ótimos salários, com estabilidade absoluta, status, penduricalhos, mimos estatais (estou muito, mas MUITO longe deste nível, friso) diversos se sente tao parte do Estado, tao Nomenklatura, tão “importantes” que se arrogam o direito de reclamar de algo que não lhes cabe por direito. É até engraçado: o presidente insatisfeito tira o chefe dos caras e os caras reclamam, ficam magoados. Tristes. Se sentiram usado, acredito.

Essa gente acha que ode muito. Dentro do governo,m tem milhares destes barnabés do Mal aí. Gente que não sabe mais separar o Estado de suas crenças, que enxerga sua “função nessa indústria vital” como algo divino e maravilhoso, imune à crítica, aos freios naturais da democracia lixosa que mantemos. Mereciam punição exemplar, pra deixar de ser trouxas e fazer o processo de transparência da instituição funcionar. Até pra não ser chamados de cúmplices dos crimes do PT et caterva… a menos que sejam, mesmo.