A piada da Padaria Estatal

Bom dia! Peguei essa piada aqui no Foicebookson, achei que merecia um comentário.

Em um Brasil de uma realidade alternativa, as padarias são um monopólio estatal. A cidade de São Paulo inteira tem 12 unidades da Padariobrás, e a fila do pão dura cerca de 4 horas – mas é “gratuito”
(Na verdade, pago com dinheiro de impostos. Entre salário de servidores, secretarias regionais da panificação, licitações caríssimas e ineficiências, cada pão custa uns 10 reais aos cofres públicos, mas como o pagamento é indireto ninguém repara).
Mais um detalhe: Só começa a servir pão às 10 da manhã, pois o sindicato dos padeiros conquistou o direito de não ter que acordar cedo pra fazer pão, o que seria “desumano”.
Nesse Brasil alternativo, existe um grande debate sobre privatizar e abrir o mercado de padarias.
Infelizmente o projeto não avança, pois há um amplo consenso entre os intelectuais que se for privatizado os empresários gananciosos vão vender pão a 50 reais e ninguém vai ter interesse de vender pão no interior do Piauí.

***

A piada da padaria é sempre boa: O que o Estado toca, vira problema. O “toque de Sadim”, Midas ao contrário. Sabemos bem como o estado nos avacalha quando tentamos lidar com ele de qualquer forma, sob qualquer aspecto. Esta semana mesmo estava conversando com um doido por aí, e lembrando de como é trágico quando o Estado resolve “ajudar” as pessoas. O Estado quando quer te ajudar, lhe cobra adiantado, e na fonte, vou logo lembrando. Então não é “ajuda”. É “serviço”. Só que, “porém contudo”, o Estado simplesmente não lhe permite o desprezar em nome de um serviço “privado”. A coisa é simples: O Estado diz que me fornece educação “gratuita”. Mas me cobra em impostos. Se eu quiser educação privada, pagarei o imposto pra bancar a educação pública, pagarei a minha educação privada e os impostos do Estado sobre aquela educação privada, que irá sustentar a educação pública, gratuita e de qualidade para todex.

Quer dizer: Pagamos quando queremos e quando não queremos. Se você decide desprezar o Estado, ele lhe pune em dobro, aliás. Não quer o SUS, seu ingrato? Vai pagar seu plano de saúde e o SUS TAMBÉM, seu burguês safado. Eu não quero ver show da Sélia Duncão e o filme do maringuela terrorista. Mas VOU PAGAR SIM pelo show dela e de todos os seus 37 amigos maconheiros que fazem parte da produção daquele show brega. E vou pagar pra que 17 pessoas por mês assistam a porcaria do filme do seu jorge terrorista comunista italiano e ainda vai dar pra pagar mais 9 docuemntários sobre o caos do país sob a ditadura fascista de 2018, pra ser exibidos com zero espectadores no Canal Brasil.

E o lance da padaria é esse: O Estado se lixa para você. Vejam bem, eu sou FP, e sei que o Estado é dividido entre a galera que faz o negocio porque tem de fazer, pois se sente funcionário da máquina, e aquele pessoal que entende o Estado como um direito divino, um poder recebido na pena da caneta, escrito em algum livro de nomes de fidalgos e apaniguados do rei do momento. E qualquer um sabe: Se uma parte do pessoal acha que o negócio é deles, vai trabalhar para ELES, e não para o seu objeto. É o sindicalista que reclama de condição de trabalho mesmo tendo ar, Pc zero e cafezinho 24 horas, salario na conta certinho todo mês, e todas as regalias padronizadas e necessárias ao adequado cultivo do funcionalismo público no país.

O Estado instrumentalizado é isso: secretarias e departamentos, montes de pessoas subordinadas em uma hierarquia quase astronômica, tudo a fim de arrumar aquele trocadinho a mais para o sub-chefe da divisão secundária de Patrimônio Organizacional Retirado Realizado Ambientalmente – Núcleo Estatal Notarial HUMAno fazer seus churrasquinhos na tarde da sexta-feira lá no boteco do brega. É MUITA GENTE que vive de fiscalizar o trabalho, multar o trabalho, documentar o trabalho, protestar contra o trabalho, reivindicar menos trabalho, terceirizar e quarteirizar o trabalho… A Padaria é a Petrobras, mas pode ser qualquer estatal, qualquer órgão público. O bagulho é SEU, cidadão, mas nem pense em usufruir, porque sai caro e não é assim, fácil não.

Aqui na BNN os FPs são quase 15% da população. Pensemos – sem piedade, claro – no Hermanistão, que tem quase 45% de FPs na sua população? Metade da população economicamente ativa do país é FP. Como um país consegue progredir desse jeito? não consegue. Nunca que irá gerar riqueza – o Estado não existe para gerar riqueza. O Estado existe para sim, limitar a sociedade em normas gerais e estruturais, civilizacionais a la Hobbes. Quem inventou o Estado Grande, essa Social Democracia atual pensava exatamente em usar este poder de coerção associado ao poder econmico natural do Estado, como acumulador de recursos e gerador de pape pintado, no mundo pós – Bretton-Woods. Quem pensou nisso pensou direitinho, aliás. Germanistões desgraçados.

Bom dia, e se me chamarem de liberteen ou ancapista a gente sai na mão aqui mesmo. Não admito ofensa pessoal.

***

Ah, linque do autor da piada! O cara é gente boa mas desistiu de política… dificil apanhar todo dia dos malucos trancacionistas… https://www.facebook.com/ClarionDeLaffalot