Análise Esconjurada – I

Bom dia!

Estava muito ocupado esta semana na obra do meu Barraco na periferia do Qvarto Mvndo, já havia comentado ontem. Obra é um inferno, é tanto detalhe que até entendo bem quem simplesmente resolva pagar por um daqueles cubículos “napranta” e depois ficar socado ali naquela casa de hamster pagando 35 longos anos. É muito enjoado… Mas faz parte, férias servem exatamente para ficarmos trabalhado pra caramba enquanto ficamos duros que nem um coco…

E hoje temos manifestação nas ruas do país. Não vou, infelizmente tenho um compromisso agendado há muito tempo, não teria como fugir. Palavra, né. Mas eu friso sempre: quem quer ir para as ruas DEVE IR. Quem entende que as ruas não servem de nada, NÃO VAI e pronto. Isso não é motivo de debate ou de conflitos. Apenas isso, pessoal. Muita gente acaba se estressando na defesa desta ou daquela posições a respeito de apoiar, e os graus de apoio ou de nojo ao governo e ao biroliro. E eu creio pessoalmente, que isso é supérfluo, desnecessário. Quem já se decidiu não precisa justificar.

Nesse negócio todo vejo muita gente bolada com a forma desgraçadamente desordenada com que este processo todo de esquenta das eleições do ano que vem está se desenrolando. A meu ver, friso, o grosso dessa falação toda é só marcaçao de espaço, cachorro mijando no poste. Temos de nos ater ao básico. Já estamos em agosto de 2021 e nenhum processo de impeachment prosperou minimamente. Mesmo com toda torcida pra frente e toda a pressão dos adversários do governo.

Cronologicamente, entre o pedido melhor fundamentado ter sido aprovado na Câmara e o impeachment da Anta foram nove meses. E isso com o povo na rua pedindo a cabeça dela e ela tentando de todo jeito venezuelizar o Estado. Friamente falando, o Biroliro não sai da cadeira desta forma. O timming passou de vez. Desta forma, sempre que aparece uma papagaiada do tipo, eu ignoro. Não vai dar nada, relaxem. No entanto, Uma coisa interessante que pode acabar acontecendo, até abril do ano que vem, é a inelegiblidade do biroliro por qualquer coisa que brote da mente devassa do Barrosão ou por alguma criatividade do xanddyy Kaverão. É ridículo mas não de todo impossível.

Temos também a completa ausência de oposição ao Biroliro. Sim, tem muita gente dando chilique e ninguém juntando o povão na rua. Até matéria diária na globo tem sobre a carestia, pra ver se o pessoal se emputece de vez e começa o saque a la RSA. Este sim é um movimento que está sendo cavado lentamente por aqui. Os babacas que queimam estátuas de concreto amigos de advogados petistas estão sendo chamados por vários comensais da esquerda a queimar as estátuas da liberdade do véio da Havan. Pois dano a propriedade privada não entra na LSN e não se caracterizaria de imediato como “terrorismo”. Caso pensado.

Reparem, eu não digo que não haja ninguém páreo ao Biroliro. Eu digo que ninguém APARECEU para o enfrentar, ainda. Se eu sei qual será o resultado da briga, não entro nela. Se eu sei que tem gente roubando o jogo, não jogo. Se eu sei que não tenho chance, não arrisco. Só a terceira opção é subjetiva, fruto de uma escolha irracional. Temos um ponto aí: Porque nenhum outro pré-candidato está saindo em defesa das urnas de forma objetiva? tipo, o Subdigitado estava xingando o biroliro semana passada mas ele mesmo não estava sendo muito enfático. Pessoal está reclamando mas está em cima do muro.

A questão do voto é simples: Se o sistema é inseguro e suscetível a fraudes, então a eleição é toda um grande risco. Mas tivemos eleições em 2018 e 2020, e os resultados foram esquisitos a beça, e mesmo assim muitos caras de direita, ou que embarcaram no trenzinho conservador se elegeram. Lembremos que as eleições de 2018 foram marcadas por muita movimentação no TSE, e muito “policiamento” daquelas ações por parte das FFAA. Creio que seus comandantes apoiarão uma fraude se perceberem vantagem real nisto, vantagem objetiva, de poder político, garantias para as viúvas e os pintores de meio-fio. Quem gosta do Biroliro é o povo, e as FFAA não são o povo. Desconfio deles.

Você vai na rua hoje ciente de que boa parte do pessoal que manda nessa joça de país lhe considera um protozoário, que se elimina com duas borrifadas de água sanitária. Vai pra rua ciente de que é assim que a coisa funciona e nada do que você fizer irá emocionar o Renan Calheiros. Nada. Mas você não vai por eles, obviamente. Vai pelos que se importam, pelo pessoal que realmente está interessado em alguma mudança, e pelos que tentaram. Não tem muita gente assim mas é o bastante para mudar um país. Mas no amor, não rola, claro.

Se você não vai, já listei o caso: Faz todo o sentido não ir, nem todo mundo que não vai pra rua não defende coisas boas, esse maniqueísmo barato é bobagem pura. Liberdade inclui meus colegas discordarem do que acredito sem encher o saco ou ser perseguidos. Não temos um futuro legal a vislumbrar de imediato, e mesmo que o Biroliro se reeleja, temos toda uma estrutura infernal no Estado, com milhares de aspones prontos para avacalhar e destruir a cada piscada, cada distração. Um museu não se queima sozinho, Um documento não vaza por conta própria. Temos uma dívida absurda, e temos uma população empobrecendo depressa. E temos os malucos trancacionistas transqualquercoisa.

Peço apenas que todos escolham seus lugares porque na hora em que a cadeira começa a voar no salão, é importante não ficar na linha de fogo dos mais exaltados.

Bom dia! E que invernada, nossa!