Pastor investigado por golpe que prometia lucro de ‘um octilhão’ de reais é preso no Tocantins

Real começou a morrer no tempo do JK. Panair tomou pernada na mesma época. Essas empresas começaram aind anos anos 1930, sem concorrencia, sem regras claras e com todo um mercado inexplorado. Cresceram mesmo com a guerra. Após a guerra elas deitaram o cabelo, se aproveitando dos enormes estoques de aviões comprados a baixíssimo custo através de financiamentos lend-lease com aval do governo do dutra. Aí começa a confusão. Estas e outras empresas como a VARIG, o Lóide aéreo, mais tarde um pouco a VASP, Sadia e as pequenas do norte pegaram MUITOS aviões que eram dos estoques dos EUA. Muitos mesmo. DC-3, C-46, depois electras I, PBY catalina viraram aviões de uso corrente, junto com os Junkers que sobraram dos estoques do eixo e que voltaram ao mercado civil. Então essas empresas se expandiram imensamente com custos baixos e subsidiados pelo Estado, que trocava estes avioes por café, algodão, carne, minérios e ferro. E estas empresas pagariam à União estas aquisições com juros baixos, camaradas.
Ocorre que no final dos anos 1950 a aviação já tinha dado um salto triplo twist carpado. As cias aéreas já tinham percebido a necessidade de modernização e foram atrás de novos equipamentos e tecnologias. Nessa época eram as aéreas quem bancavam os radiopostos de escuta que guiavam as rotas de voo, e isso era complexo. E os aviões ficaram mais e mais complexos. A Real e a Panair já usavam os Super Constellation, aviões maravilhosos e caríssimos, junto dos douglas DC-6 e 7, e os AVRO, De Havilland, máquinas novas e construídas para aviação comercial de passageiros, muito mais refinadas. E caras.
Goveerno emprestava o dinheiro, mas as compras eram diretas, sem o vantajoso crédito de guerra que facilitara tudo antes. Aí, no final dos anos 1950, que a coisa encrencou de verdade, pois o governo nao tinha grana suficiente pra estes aportes, e era vedado ás metrizes bancar diretamente filiais, caso da Panair, e o governo começou a “repactuar” dividas de compras de aviões, caso da Real e do Lóide.
entrou os 1960 e o caldo entornou de vez. JK tinha um negócio com a VARIG. Notem bem isso, não foi o gverno militar quem matou a Panair e a real, propriamente falando. A gente fala muito da Panair mas a Real era MAIOR do que a VARIG e concorrnete direta da PANAIR! Mesmo assim ela foi arrebentada pelo governo, quando a SUMOC resolveu que a Real não teria credito para converter dollar, em 1961. A Real estava com Convairs comprados e pintados, e sequer os recebeu, pois o governo abriu intervenão na eempresa, e “ofertou” a operação à VARIG, que assumiu a empresa com porteira fechada, de forma humilhante, absurda.
Aí a próxima foi a Panair, que resistiu aproveitando o vácuo da morte da real, e porque recebia muito recurso em moeda forte, mas novamente,a quela decisão federal de rever financiamentos encrencou enormememte a Panair. Notem que a VARIG não seria afetada pois não usava deste expediente, não fazia financiamento triangular com o governo federal. E a Panair era enorme, uma empresa imensa, intercontinental.
M A S a Panair tinha gente que apoiava o JK e o Jango, e a Panair devia ao governo e a Panair havia se tornado uma empresa quase monopolista, e muito rica e poderosa. E veio o golpe e os militares chegarma com uma visão “antilacerdista”, tentando conter qualquer foco de fortalecimento da oposição ao processo revolucionário deles. Viram a diretoria da Panair como uma ameaça e optaram por pressionar, coagir e no fonal, retaliar e mandar encerrr a operação da empresa. É uma daquelas coisas que a gente já devia se ligar na hora de pensar na inteligência dos militares para as coisas da vida real.
Panair foi fechada de forma brutal, e a VARIG do Berta assume tudo e recebe amplo apoio do governo, o mesmo apoio begado à Real e a Panair.