Portugal by PDQ – um tour!

Portugal

Portugal é mais do que viagem – Portugal é se ver no espelho, enxergar raízes, pensar em explicações e também perceber que nos deformamos bastante.

Sim, somos filhos e herdeiros de lá, porém com um tempero dos indígenas sulamericanos e dos negros africanos.

No mais, como sempre falamos, em algum momento nos perdemos na aqui na BNN, a tigrada se descontrolou, ficou selvagem, como diz o Stranja…

Começarei pelo ridículo vôo da Latão, já mencionado por mim nesta semana – em um 787 novo sim, porém muito apertado (mesmo para os padrões de classe econômica). Idem os bagageiros do alto, que em outros jatos de dois corredores é bem maior… vale relembrar também o serviço de bordo mequetrefe e a comida de terceira categoria, com destaque negativo para a tal salada que pedimos… mas enfim, o importante era chegar em LIS né…

Pegando o carro, rachei fora para Fátima.

Para quem conhece Aparecida: o Santuário de Fátima é menor, mais “clean” e mais dado à reflexão do que o nosso… também é menos “comercial” – a loja oficial é bem discreta… vamos combinar que Aparecida exagera no comércio, hein… Rede hoteleira OK e barata, restaurantes variados, medianos… mas com bom preço…

Com base em Fátima demos uma esticada em Tomar, a uma hora de carro…

Ah, Tomar… Convento de Cristo, castelo templário… sensacional… aqui no espaço tivemos posts muito bons sobre esses lugares especiais… palco de muitos eventos que nos moldaram. Partimos para o norte: primeiro, a bem da verdade, o isolado nordeste de Portugal… capitaneado por Bragança…

Hoje menos isolado, sim, depois da abertura da sensacional A4 – Transmontana. Mas ainda sim meio esquecido, meio fora de mão… mesmo bananenses não aparecem passeando por lá muito não…

A região é seca e mais quente – Stranja é calorfóbico mas tem certa razão (me esqueci aliás se o Stranja já comentou se vive aqui nessa região nordeste ou mais lá pro norte “puro”, o Minho). A paisagem é rural ou de natureza mais selvagem, principalmente na área do Parque do Montesinhos. Destaque para algumas cidades, como Miranda do Douro, Mogadouro, Vinhais, a própria Bragança.

Também vale a pena relembrar o prato que é carro-chefe da região – a posta mirandesa… sensacional…e bem representada por esse restaurante aqui, A Lareira!

Depois de alguns dias nessa região, zarpamos para o norte, o Minho. Origem de boa parte dos portugueses que vieram para cá ao longo dos séculos. Quente como nordeste, porém mais úmido e verde… choveu de leve por lá algumas vezes ao longo de nossa visita (mesmo sendo o verão uma época mais seca).

E o nordeste que me desculpe, mas o norte é mais sensacional. Pelo verde das muitas florestas, pela maior quantidade de centros urbanos muito interessantes, e pela vizinhança com o Parque de Peneda-Gerêz. Sobre as cidades sensacionais: Guimarães, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevêz, entre outras (não curtimos muito Braga).

Além de outro ponto: lembram do Manco falando que o vale do Paraíba fica a tipo duas horas e pouco de tudo? Praia, montanha, queijos e Guarulhos ?

Pois é, esse é o Minho. Saindo do miolo da região, hora e meia talvez até qualquer cidade bacana da região, hora e pouco até o parque nacional de Peneda, hora até a praia (tipo Viana do Castelo), e talvez duas horas até o aeroporto internacional do Porto… super estratégico…

O parque vale muito a pena, pelas paisagens, quedas d’água e pelos vilarejos – Lindoso, Soajo, Senhora da Peneda, entre outros. Ponte de Lima também é grande destaque, sendo a tal ponte que nomeia a cidade uma bela construção romana/medieval – dominando a paisagem.

Pois bem, vou ficando por aqui… respondo dúvidas e comento alguma coisa a mais a pedidos, ao longo do dia…

Abraços a todas, todos e todes… kkkkkkk

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PS – faltou o melhor CVR da viagem !!!!

Na região do Peneda Gerêz saímos para uma caminhada, aliás sensacional, quando escorreguei de uma pedra grande mas solta… a quina da pedra pegou na minha canela… pqp, cortou fundo… improvisei um torniquete e andei mais 2 horas quase até o carro…

Quase chegando ao carro encontramos um grupo fazendo canyoning e batemos um papo com o instrutor… ele viu a ferida e etc… perguntei sobre farmácias… mas juntos concluímos que seria necessário dar uma olhada melhor no machucado… leia-se pronto socorro…

Daí tocamos pra cidade mais próxima que conta com urgências. Sem saber como ficaria, se eu teria de pagar, se daria pra acionar o seguro de viagem previamente e etc…

Chegando na urgência, tudo super organizado e etc… vazio inclusive…

Me disseram que se eu tivesse um documento do governo brasileiro eu seria atendido de graça… deve ser algo que o Stranja tem consigo. Mas como eu não tinha, eu poderia pagar… 60 euros o atendimento… topei na hora, achei até barato, pro nível bananense.

FUI ATENDIDO EM 15 MINUTOS !!!!!!!!!!!!! pqp

Consulta com um médico, limpeza do ferimento e sutura – 3 pontinhos… curativo aplicado… voltei ao médico… receita de antibiótico e remédio pra dor (foram baratos, e se eu tivesse o tal cartão teria uma espécie de desconto ainda). Enfim, me mandaram ir a um posto de saúde dois dias depois, e o atendimento seguiu na mesma toada… 3 euros a troca do curativo hahahahahaha…

Concluindo, na região parece que a assistência básica pública é MEGA ORGANIZADA…

Agora estou aqui com uma continha de 80 euros, tentando receber do seguro viagem (seguro 08000 do Mastercard mesmo, Pandeiro pira hahahahahaha)… tão colocando um tanto de obstáculos, aproveitando que a passagem original foi trocada 2 vezes… código novo etc… mas hei de vencer !!!!