E pesa sete arrobas, mesmo! G1

Ao ler a matéria, meus dois cents:

Uma ótima notícia pra que tá querendo pegar no pesado, ganhar em moeda forte, e de preferência morar no primeiro mundo.
Mas tenho algumas ressalvas.
Pelo que eu li, muitos estão indo por empreiteira.
O que seria isto?
É uma agência recrutadora, que vai chegar pra você e falar: Olha, tem trampo lá em tal lugar, lá no interior, é pra trabalhar com alimentos (com peças, com solda, com carnes, etc), salário é tanto, topa?
O sujeito aceita, e dependendo da situação, a empreiteira paga a passagem e o primeiro mês de aluguel, claro que com um lucro em cima.
A princípio parece simples: Você vai lá pra trabalhar, e as despesas da empreiteira vão ser descontadas do seu salário.
E o resto do seu salário dá pra se manter e viver uma vida frugal.
Mas tem vezes que a realidade nem sempre é assim.

A primeira coisa que o cara tem que entender, é que lá se ganha por hora.
Ou seja, se não trabalha, não recebe.
Somente japoneses são mensalistas. Dekassegui pra ser mensalista, só se ele já tiver uma grande experiência com o Japão.

Se o cara é horista e foi com as despesas pagas pela empreiteira, ele ainda tem que contar que ele está atrelado a dívida da empreiteira. É um ônus pra se pensar.

Sem contar que, algumas empreiteiras tem o péssimo hábito de avisar ao cara, lá na cara do gol, que o serviço dele mudou, e que ele vai trabalhar com outra coisa que ele não queria.
Exemplo: te mandar lá no interior, pra uma fábrica de marmitas, e que ele vai ganhar menos do que o combinado.

E tem estes fatores novos:
Com esta nova leva de imigrantes, vai faltar imóveis pra alojar toda esta gente, por consequencia a a falta de ofertas de moradia e o que o aumento dos aluguéis.
Apartamentos bons (uns 32m2) que antes eram alugados por 400 dólares, saltam para 1000 dólares, e os apertados pra pelo menos uns 500 dólares no mínimo.

Essa nova lei também favorece o pessoal do Sudeste Asiático, ou seja, os brasileiros vão ter que concorrer com chinês, vietnamita, indonésio, etc, que tá mais motivado a ficar por lá, a ponto de aprender o idioma e se integrar com os locais.

A partir de Outubro, aumenta o imposto de consumo no Japão, de 8 para 10%, e alguns economistas estão pessimistas que isto possa trazer um novo tempo de recessão para o país, no qual a economia começa a ficar mais devagar.

Com tudo isto, as dicas que eu dou para este pessoal são as seguintes:
1 – Se puder ir, vá por conta, ou seja, pague do seu bolso as passagens e o primeiro mês de aluguel
2 – Vá com algum dinheiro, de preferência com pelo menos 1.000 dólares.
3 – Tenham sempre um Plano B.