As propostas simples e diretas de Paulos Guedes

Texto originalmente publicado no Facebook de Ícaro de Carvalho, do site O Novo Mercado.

Sempre que alguém atacar as intenções liberais do Bolsonaro, retorne com a pergunta: “Você já reservou vinte minutos para ler o seu plano de governo?”.

O que o Paulo Guedes fez é incrível. Para quem gosta do tema, é um prato cheio. Ele conseguiu, com modéstia e com espírito pragmático, atacar cada uma das verticais que nos mantém pobres.

O Brasil é a oitava economia do mundo, mas participa de apenas 1.2% do mercado internacional. É uma aberração sem precedentes; somos o único país nessa situação.

E por que? Por causa da nossa carga tributária esquizofrênica, que permite que um produto seja taxado em até 60% ao chegar aqui.

Isso só nos torna (como povo) mais pobres, ao passo que o governo se sente livre para desperdiçar esses recursos com qualquer bobagem que der na telha.

Outra solução elegante que o economista do governo Bolsonaro propõe é a simplificação total do imposto de renda para a pessoa física. A conta é bem fácil: até R$ 5.000,00 reais? Isento. Acima? 20%.

Pronto. Fim de papo. Como qualquer país de primeiro mundo faz.

Outro problema histórico nosso: a centralização do poder por parte da União. Paulo Guedes propõe o Federalismo; ou seja: estados e municípios mais fortes, autônomos e responsáveis pelas suas atitudes.

Alagoas quer gastar até a tampa? O Maranhão não se importa que o seu PIB per-capita seja de apenas 11 mil reais por ano? Chega de impôr essa conta aos estados superavitários.

Essa seria uma correção de injustiças históricas.

Para quem acha que isso seria deixar os estados mais pobres à deriva, eu digo que é exatamente o oposto: eles poderão reduzir drasticamente as suas alíquotas e criar cadeias de incentivo para buscar a industrialização e o desenvolvimento.

Ah, não querem fazer? É o Renan e o Sarney que mandam lá? E o que é que São Paulo, o Paraná, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul tem a ver com isso?

Ao final das contas, tudo se resume a uma coisa: autodeterminação.

O país nunca teve um plano econômico tão sóbrio, equilibrado, maduro e o principal: humilde.

Todo esse papo de que o Paulo Guedes vive de grandes promessas, que o Congresso nunca aprovaria essas mudanças, é bravata. Todas elas são muito mais suaves do que imaginamos.

São simples de serem adotadas, mas de uma sofisticação e um poder de mudança impressionantes.

O economista, há trinta anos, fala em privatização total. À época do plano real ele gritou até perder a voz de que o momento era aquele para a abertura genuína do mercado e não aquela aberração (recheada de agências regulatórias) que o Fernando Henrique criou.

O homem já é rico, bem sucedido e conquistou tudo que buscou na vida. É um dos cérebros mais brilhantes da sua geração; assumiu a missão de, antes de todo mundo, quando ainda o Bolsonaro era uma enorme incógnita, juntar o seu nome ao dele e tentar propor um modelo sadio de avanço.

A primeira vez que experimentaremos um plano 100% liberal na economia, desde o Império.

O que a esquerda nos propôs nos últimos 20 anos? Um amontoado de conceitos vazios. Eles só gritaram palavras de ordem: “Mais educação!”, “Mais saúde!”, “Mais reformas agrárias!”…

E foi sempre assim: grandes promessas e nenhum planejamento.

Paulo Guedes é direto: poucos apontamentos; afrouxemos as amarras que o povo trabalhador faz o resto. Menos tributos e a maioria das coisas se resolvem.

Chesterton dizia que a política atrai todos os tipos de homens, com exceção daquele que deveria atrair de verdade: o humilde; pois é…dessa vez o Brasil dará uma lição ao mundo.