Prestidigitadores, de novo

livro dos isentões?

Divisão direita e esquerda não quer dizer praticamente nada…

Classificação melhor seria uma divisão entre conservadores/tradicionalistas e progressistas/revolucionários.

Praticamente todas as ideias discutidas hoje (de esquerda E de direita) entram na classificação de “progressista/revolucionária”, enquanto os conservadores/tradicionalistas praticamente deixaram de existir.

Ainda há outro problema, se não for buscar muitos séculos lá atrás o que é ser conservador, cairá no problema do mundo moderno, identificado por Chesterton:

“Todo o mundo moderno se dividiu em conservadores e progressistas. O negócio dos progressistas é seguir cometendo erros. O dos conservadores é evitar que os erros sejam corrigidos. Mesmo quando o revolucionário possa ele próprio se arrepender de sua revolução, o tradicionalista já está defendo-a como parte da sua tradição. Assim, nós temos dois grandes tipos – a pessoa avançada que nos empurra para a ruína e a pessoa retrospectiva que admira as ruínas. Ele as admira especialmente à luz da lua, para não dizer sob um raio da lua. Cada nova tolice do progressista ou golpista se torna instantaneamente uma lenda ou antiguidade imemorial para o pretensioso. Isso é chamado de equilíbrio, ou contrapesos mútuos, em nossa Constituição.”

Com isso precisamos voltar nos reais valores e princípios que formaram nossa civilização. A Filosofia Grega, os Institutos Romanos e a Fé Cristã. Com preponderância da fé na formação dos valores e princípios, pois as partes da Filosofia Grega e dos Institutos Romanos que não foram validados/aceitos pelo cristianismo, não fizeram parte desse conjunto de valores e princípios formadores da civilização ocidental.

Toda análise que não for a fundo e não partir dessa perspectiva, falhará!

Então, quando iniciaram os problemas que nos trouxeram ao nosso “maravilhoso mundo novo”?

O início foi quando o homem ocidental deixou de observar o primeiro dever que O próprio Deus nos revelou em sua lei:
“Amar a Deus sobre todas as coisas.”.

A partir do momento que a civilização formada sobre esse fundamento deixa de segui-lo, inicia a sua destruição. E quando isso ocorreu?

Com o – humanismo-, quando o homem quis estar acima de tudo, deixando Deus em um segundo plano.

Foi com base nesse fundamento “filosófico”, do homem suplantando Deus, que puderam surgir os reis absolutistas. O absolutismo não foi algo que ocorreu na Idade Média, mas já na Idade Moderna (modernismo muitas vezes se confunde com progressismo).

O absolutismo foi o primeiro passo da grande revolução progressista, que já dura alguns séculos.

Depois vieram os outros “passos”/etapas dessa revolução progressista.

Contra o absolutismo (que foi a primeira etapa progressista) surgiu a ideia de uma revolução liberal. Daí ocorreu a revolução liberal francesa, quando os burgueses derrubaram o absolutismo.

Depois veio outra etapa progressista, a revolução comunista, com o “proletariado” lutando contra os burgueses. Na verdade quem assume o poder é o partido, semelhante ao que ocorreu na revolução nazista (esta também progressista).

Tudo isso baseado em ideias de “filosofistas”, que não podem ser consideradas Filosofia, pois deixaram de buscar a verdade, para apenas tentar justificar uma ideologia tirada “do rabo” de alguém para ser imposta a todos.

Por essas ideologias serem completamente desconectadas da realidade, precisaram ser impostas, como o “liberalismo” imposto pelos revolucionários franceses, ou o comunismo que precisa de tiranias para poder existir!

As ideologias vieram em sua maioria da ideia de algum maluco pervertido com uma visão distorcida de como o mundo poderia ser melhor. Isso passa a ser seguido com fundamentos “””filosóficos””” (com todas as aspas possíveis) que justifiquem a maluquice.

Daí veio a produção dos filosofistas modernos (a partir da modernidade, pós Idade Média). Basicamente alterando/negando a verdade revelada para poder justificar mais uma fase da revolução progressista.

Assim, o mundo foi mudando, “progredindo”, a História e os valores da sociedade foram sendo empurrados em uma determinada direção, que é ideia de Kant e serve como conceito de  progressismo. E claro, a direção sempre no sentido contrário aos valores cristãos.

Revolução, após revolução, o mundo foi “progredindo”, como numa imensa dialética de Hegel, em que necessariamente surgiria algo bom sobre o que foi destruído.

Chegando ao ponto de acreditarem que Deus está morto, devendo ficar em Seu lugar o superhomem (ideias de Nietsche), para depois se darem conta do vazio e falta de sentido dessa vida (Schopenhauer). Sem perceberem, ou apenas sem admitirem, que isto ocorre, pois hoje se vive uma vida afastada da verdade, dos valores reais que fundamentaram a civilização cristã ocidental.

Voltando à divisão direita e esquerda, isto foi produto de uma das fases da grande revolução progressista que acabou por dominar o mundo completamente.
Tentar entender o todo por esta pequena parte será sempre insuficiente e inútil.

E, mesmo considerando o conservadorismo e progressismo, apenas com a visão do mundo moderno, cairá no problema alertado por Chesterton.

Para finalizar, o comentário do colega macacoalbino é perfeito, muito melhor cuidar da família, ou fazer qq outra coisa, que perder tempo com “filosofia” modernista.

Nao tem, mas por ser algo relativamente gradual e lento, acaba sendo como o sapo na agua fervendo…….