A geração Z vai acabar com a humanidade

Bom dia!

Eu li isso ontem, esta matéria, e ri pra caramba. Estamos lascados, ferrados, totalmente na merda com essa nossa juventude. Porque a tal Z-Gen, esses moleques de trinta e poucos anos, são o pessoal que vai tocar a humanidade quando estivermos nos comportando como batatas, nos profundos da senilidade, ou, com sorte, mortos por overdose de algum estimulante sexual.

É aquela maluquice mesmo, a lorota de que a adolescencia vai até os 24 anos – no meu tempo quem sobrevivia aos 24 sem se perder no carnaval, estaria safo pelo resto da vida – e que a vida adulta começaria lá pelos 30… UE? então o cara fica velho quando? no dia em que morre? É tipo isso mesmo. A ideia maluca do forever-young está encrustada na nossa sociedade. O cara acha MESMO que não envelhece, vive boyzinho, novinha pra sempre… Aí aparecem essas paradas, maus sintomas desta perturbação mental coletiva.

Gente adulta e saudável realmente anda preferindo as redes sociais, o hedonismo barato e com filtros-para-caralho a ir buscar os prazeres necessários e supérfluos na pista, na vida. Claro que o mundo mudou bem e hoje, 2020, não tem mais o lance de os primos pegarem o moleque na porrada e levar ao puteiro pra ele virar homem ou descobrir se vai dar ruim no final, ou das meninas passarem ficha dos caras que transam sem explanar pra fazer cadastro na hora de perder a virgindade ANTES de ir pros finalmentes com o namorado titular.

O mundo mudou, mas caramba, precisava mudar DESSE JEITO? O cara não precisa ralar a semana inteira pra poder bancar umas primas na sexta. Vai pro équis-vídeos. A mina não precisa gastar tempo na cabeleleilaleila pra ficar bonita, uns filtros e fotos, e ela receberá elogios com segurança, sem assédio, e no conforto de seu barraco sem reboco. Mais do que uma mudança em prol da “virtualização da vida”, essa geração descobriu que pode ser quem ela quiser, sem nenhum, ou apenas com o mínimo esforço necessário, seja dela ou de seus pais, avós. E “ser” é a existência online, esse dessaranjo social digital. A molecada prefere a vida online aos riscos e perigos da vida real. Nos ferramos. De jeito.

Assim, temos: Nem é estranho o resultado desta pesquisa. Estranho seria o oposto. Jovens e adultos preferindo o celular a qualquer coisa que lhes sacie os desejos. Há quase 40 anos atrás o Gibson escreveu Neuromancer, um livro muito doido de ficção pós-qualquer coisa. Não recomendo a leitura se você não tem costume com sci-fi, aliás. Nele uma das paradas mais complexas era a descrição de como o tráfico de “informação” alimentava um mercado de pessoas ávidas por comprar “experiências”, “sensações eletroorgânicas”. Pegava um card (sim, o SD tem aquele desenho por causa da descrição deste livro), enfia em um slot na cabeça e pá! Você SABE kung-fu, você SE DROGA DE HEROÍNA, você TRANSA COM A SCARLET JOHHANSON, e prónto. Limpo, zero riscos, zero consequências a não ser toda a sociedade enlouquecida pela ausência do “passo-a-passo do conhecimento”.

O autor escreveu isso em 1987, prevendo – chutando certeiro – objetivamente nosso desastre atual. Eu quando estava lendo fiquei pensando “porra, porque a sensação de uma pessoa vira moeda de compra e venda?” (a chave pro tamanho dos arquivos no livro, aliás, é algo levemente aparentado com o VTNCoin, só a título de memória) Mais: “porque traficar lembranças, memórias, seria proibido pelo Estado? E “porque as pessoas não preferem elas mesmas assumir o risco e ir buscar estas sensações na origem, na vida real?

Affe. Tenso, né? Vamos à matéria. Tive de pegar do Cnet, o texto do tecimundo estava podre. Estagiário de 35 anos, provavelmente.

Bom dia! tomem sol, hoje a gente torra!

***

“Uma pesquisa revelou que algumas pessoas abririam mão do álcool, do café e até mesmo do cachorro em vez de ficar um mês sem o celular. Num curioso experimento, a agência de marketing Simple Texting perguntou se os participantes preferiam o celular ou alguns itens essenciais da rotina atual”.

“Em hipótese alguma, leia esta história para seu cão. De acordo com uma nova pesquisa da SimpleTexting, uma agência de marketing por trás de campanhas de mensagens de texto em massa, 40% dos proprietários de smartphones preferem abandonar seus cachorros por um mês a desistir de seus telefones. Mas não fiquem muito presunçosos, humanos, porque 42 por cento disseram que preferem ficar longe de seu outro companheiro por um mês do que entregar seu dispositivo.

A pesquisa questionou 1.000 proprietários de smartphones em todos os 50 estados dos EUA, perguntando-lhes do que abririam mão para manter seus telefones .

As bebidas provaram ser ainda mais fáceis de desistir, já que 72 por cento disseram que preferiam desistir do álcool por um mês e 64 por cento preferiam desistir do café do que de seus smartphones. Mas o sexo ainda tem poder: 53% dos entrevistados disseram que desistiriam do telefone em vez do sexo por um mês. ”

https://www.cnet.com/news/survey-says-40-percent-of-people-would-give-up-dog-to-keep-smartphone/